"Ao maldizer o mensalão, o PT é ingrato com a história. Não fosse pelo escândalo, Lula não poderia vender Fernando Haddad na propaganda eleitoral de São Paulo como “o melhor ministro da Educação da história.”
Haddad era o segundo de Tarso Genro na pasta da Educação quando a delação de Roberto Jefferson converteu as mesadas da dupla Delúbio-Valério em manchete. Deslocado para a presidência do PT para apagar o incêndio, Tarso pediu a Lula que fizesse de Haddad ministro.
Certa vez, o próprio Haddad contou à repórter Clara Becker que, ao saber da nomeação, dona Norma, sua mãe, lhe telefonou: “Mas, meu filho, você vai aceitar ser ministro com o governo nessas circunstâncias?” E Haddad: “Mãe, se não fossem essas as circunstâncias, nunca me ofereceriam o ministério.”
Por analogia, pode-se dizer: se não fosse o mensalão, Haddad não teria sido alçado à vitrine federal que animou Lula a patrociná-lo na seara municipal. Por ora, não há notícia sobre a reação de dona norma à nova aventura do filho."
Josias de Souza, jornalista, no Blog, 26/8/2012.
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