Ao final de seu segundo mandato como prefeito de Piraí, Luiz Fernando Pezão foi levado por Garotinho para ocupar a Subsecretaria de Governo durante a gestão Rosinha Garotinho (2003/2006). Posteriormente, assumiu a pasta como titular. Foi o início de sua ascensão na política regional.
Em pouco tempo, Pezão passou a frequentar reuniões do núcleo político dos Garotinho. Tornou-se íntimo e nome de confiança do casal - que na época era aliado do atual governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB).
Quando começaram as negociações para a composição da chapa que sucederia Rosinha na eleição estadual de 2006, Garotinho impôs Pezão como vice.
Cabral, na época senador, não gostou. Argumentava que não poderia ter como vice um ex-prefeito de uma cidade que tinha apenas 15 mil eleitores. Preferia Antonio Francisco Neto, que era secretário de Receita e ex-prefeito de Volta Redonda (200 mil eleitores), ou Nelson Bornier, deputado federal e ex-prefeito de Nova Iguaçu (490 mil eleitores).
Vencedor da eleição, Cabral rompeu com Garotinho no período de transição, em dezembro. Pezão fez o mesmo semanas depois. Rapidamente, o vice-governador conquistou a confiança de Cabral e tornou-se peça fundamental de sua administração.
Garotinho nunca perdoou o que chama até hoje de traição do aliado. Em seu blog, não o poupa Pezão de críticas e ofensas. Em 2014, em palanques opostos, os dois devem protagonizar os momentos mais polêmicos da campanha eleitoral, com trocas mútuas de acusações. / A. J.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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