Artur Rodrigues
Gilberto Kassab trocará o helicóptero que usava diariamente para ir aos eventos da Prefeitura pelo avião. Na ponte aérea entre São Paulo e Brasília, deve preparar o caminho para a disputa das eleições dos governos dos Estados por candidatos do Partido Social Democrático. Entre os pleiteantes da sigla, deve estar o próprio Kassab, no páreo para o Palácio dos Bandeirante.
Até 2014, Kassab passará quase 100% do tempo fazendo o que fez com mais eficiência nos últimos anos: política. Após sete anos de mandato, ele saiu da Prefeitura com a pior avaliação desde Celso Pitta - 42% dos paulistanos classificaram a gestão como ruim ou péssima, enquanto 27% disseram que foi boa ou ótima, segundo o Ibope. No entanto, o recém-criado Partido Social Democrático (PSD) firmou-se como a quarta força política do País, com 494 prefeitos eleitos, atrás só dos poderosos PMDB, PSDB e PT.
Nos primeiros dias de janeiro, ele volta para a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, onde se formou em Engenharia, para dar início à criação de um núcleo de estudos voltado à gestão de cidades. "Depois, na segunda quinzena de janeiro faço palestra sobre desenvolvimento urbano em Abu Dhabi (nos Emirados Árabes Unidos)", diz.
O descanso de verdade deve vir só em fevereiro. "Viajo para Nova York com uma sobrinha que vai iniciar o MBA. Vou acompanhá-la, aproveito e descanso."
Já visando o governo do Estado, Kassab terá de trabalhar para ganhar votos no interior, onde o governador Geraldo Alckmin (PSDB) é bastante popular. "Apesar de eu ter nascido em São Paulo, sempre atuei mais no interior", garante.
Dilma. No plano federal, o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), segundo ele, é o mais provável. Ele deve garantir o primeiro ministério do PSD, o que vai cuidar das pequenas e médias empresas. Pelos planos de Kassab, quem assumirá a carga é o vice-governador, Guilherme Afif Domingos.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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