“Penso que ser de esquerda, hoje, seria incorporar os valores históricos dos quais ela nasceu: liberdade, democracia, justiça, igualdade, solidariedade, trabalho. Mas, também, acrescentar os novos valores, o abecê do novo século: cidadania, direitos, laicismo, inovação, criatividade, integração, mérito, multiculturalismo, oportunidade, segurança, sustentabilidade e internacionalização. Valores estes, consagrados na Constituição de 1988.
A época atual é tempo novo, em que o caráter da sociedade - modo de produzir, de consumo, de trabalho, de comunicação, relacionamento de conceber e organizar a vida individual e social - está se modificando profundamente. Em outras palavras, a esquerda deveria ser, na essência, do trabalho, do desenvolvimento sustentável, da cidadania e dos direitos civis, da criatividade, da meritocracia, do saber e da consciência, do individuo e laico, da democracia representativa, da integração mundial, interdependência, da paz e segurança.”
Cf. Gilvan Cavalcanti de Melo, "A esquerda democrática, compromisso com o futuro”, in O que é ser esquerda hoje?, org. Francisco Inácio Almeida, edits. Contraponto e Fundação A. Pereira, Rio de Janeiro-Brasília, 2013, p.268
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