RUMO 2014. Presidente volta a mirar nos adversários e diz que falharam os que "apostavam na piora da economia". Petista faz defesa incisiva do Mais Médicos e falou dos protestos
BRASÍLIA - Em discurso feito ontem à noite em rede nacional de rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a mirar a oposição ao dizer que falharam os que "apostavam na piora da economia" e concluiu que "há sinais de que o pior já passou" no setor.
No pronunciamento de dez minutos comemorativo ao 7 de Setembro - Dia da Independência -, a presidente Dilma Rousseff usou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 1,5% no segundo trimestre de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior, para defender os eixos de sua política econômica.
"Falharam mais uma vez os que apostavam em aumento do desemprego, inflação alta e crescimento negativo", disparou a presidente Dilma Rousseff.
Apesar da expectativa do mercado de que a trajetória de expansão não siga ascendente até o final do ano, a presidente Dilma falou em retomada gradual. "Nosso tripé de sustentação continua sendo a garantia do emprego, a inflação contida e a retomada gradual do crescimento", listou a mandatária petista.
A presidente Dilma Rousseff atribuiu ainda as oscilações do dólar, que afetam todos os países emergentes, sem exceção, à política monetária norte-americana. "A situação ainda exige cuidados, porém há sinais de que o pior já passou", analisou a petista.
Dilma fez uma defesa enfática do programa Mais Médicos, sinalizando que a ação - bancada pelo governo federal - deve ser uma de suas principais bandeiras de sua campanha à reeleição, em 2014.
Ela disse que o programa não é uma decisão contra os médicos nacionais, mas uma decisão a favor da saúde. O projeto, cujo objetivo é suprir a deficiência de atendimento nos rincões do país e que já resultou na chegada de quatro mil médicos cubanos, é uma das respostas do governo às manifestações que tomaram conta das ruas do país em junho e que prometem se repetir hoje em todo o país.
Em uma recado às entidades médicas, que questionam o programa Mais Médicos, a presidente Dilma Rousseff pediu compreensão: "A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais. É uma decisão a favor da saúde", afirmou.
Voz das ruas
Sobre os protestos de rua, a presidente voltou a reconhecer a deficiência dos serviços públicos, mas afirmou que o Brasil avançou como nunca nos últimos anos. "Não podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante", disse.
Ao longo de sua fala, a presidente também fez um balanço sobre os cinco pactos lançados no fim de junho, também em cadeia de rádio e TV, no calor dos protestos.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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