segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Mensalão: Jefferson pode ir para a cadeia, diz laudo

Avaliação médica encomendada pelo STF sustenta que ex-deputado não precisa de benefício de prisão domiciliar

Segundo o documento, petebista não tem mais nenhuma evidência do câncer que sofria no pâncreas

Bernardo Mello Franco

RIO - O laudo médico encomendado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para avaliar a saúde do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) sustenta que ele não precisa cumprir sua pena em prisão domiciliar.

A informação, veiculada ontem pelo canal Globo News, foi confirmada pelo petebista à Folha. A reportagem teve acesso ao documento, enviado ao ministro Joaquim Barbosa, que afirma que o autor da denúncia do mensalão está curado do câncer.

Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão no regime semiaberto pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele havia apresentado pedido para cumprir a pena em casa.

"Do ponto de vista oncológico, esta junta médica não identifica como imprescindível, para o tratamento do senhor Roberto Jefferson Monteiro Francisco, que ele permaneça em sua residência ou internado em unidade hospitalar", afirma o laudo.

De acordo com o documento, o ex-deputado "não apresenta qualquer evidência" de câncer em atividade, mas há a recomendação de que continue a fazer acompanhamento médico periódico.

Isso significa que, se for para a cadeia, Jefferson deverá ser autorizado a sair regularmente para consultas e exames. Assinam o laudo os médicos Carlos José Coelho de Andrade, Cristiano Guedes Duque e Rafael Oliveira Albagli, do Inca (Instituto Nacional do Câncer).

A defesa do petebista, que continua em casa, deve insistir no pedido de prisão domiciliar. Jefferson tem afirmado que está livre do câncer no pâncreas, mas que precisa do benefício devido às consequências da cirurgia que sofreu, em julho de 2012, para retirar partes de vários órgãos. O petebista, que precisa tomar um coquetel diário de remédios e vitaminas, sofre de anemia e diabetes.

Fonte: Folha de S. Paulo

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