Campanhas de Aécio Neves e Eduardo Campos devem divulgar iniciativas de âmbito regional para se contrapor aos programas do governo federal
Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA - Ainda faltam dez meses para as eleições presidenciais, mas o tempo e curto nas campanhas dos principais candidatos, especialmente para encontrar e consolidar marcas que seduzam os eleitores. No Palácio do Planalto, as apostas já foram feitas: Mais Médicos, Minha Gasa, Minha Vida, e Programa Nacional de Ensino Técnico (Pronatec).
Do outro lado da disputa, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o senador tucano Aécio Neves (MG), têm resultados locais para proclamar, mas precisam mostrar que podem acrescentar algo ao que já foi feito no plano federal.
Na campanha de Campos, a área social ainda é uma estratégia para o segundo tempo. Por enquanto, a maior preocupação do governador tem sido se apresentar como candidato viável para a área econômica.
Ainda assim, seus correligionários apostam nos resultados obtidos em Pernambuco para mostrar, também nessas questões, o slogan de que é possível fazer melhor. Pernambuco foi um dos Estados que teve maior avanço no índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Também tem, hoje, a 1 menor taxa de mortalidade infantil do Nordeste - apesar de ainda ser o 12° no país.
A aposta do PSB é em programas como o Mamãe Coruja, que reúne ações de sete secretarias para monitorar grávidas e mente, os melhores alunos da rede pública paimima temporada no exterior, em uma espécie de programa Ciências sem Fronteiras do ensino médio.
"Pernambuco tem metas para saúde, educação, segurança com avaliações semestrais; 90% do ensino médio é em tempo integral", afirma o deputado federal Beto Albuquerque, um dos coordenadores, ainda informais, da campanha do governador. "A aposta do Eduardo é na juventude."
Paternidade. No lado tucano, Aécio Neves deu o ponto de partida no seu discurso social ao apresentar o projeto de lei que i inclui o Bolsa Família na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) - o que transformaria o programa em uma política de Estado. Frequentemente acusado de taxar o Bolsa Família de i esmola, o PSDB começa sua campanha na área mostrando não apenas que é um defensor, mas reivindicando a paternidade do programa.
"Quem criou o Bolsa Familia, foi o prefeito tucano José Roberto Magalhães, de Campinas, defende o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), um dos coordenadores da campanha de Aécio. O antigo BolsaEscola, que desaguou no Bolsa Família, foi idealizado pelo senador Cristovam Buarque (PDT), quando era reitor na Universidade dade de Brasília. O programa foi implantado por Cristovam quando era governador, ainda pelo PT, em 1995, cinco dias depois do programa de Campinas.
O foco da campanha social de Aécio, no entanto, não será abriga pelo Bolsa Família. A ideia dos seus coordenadores de campanha é mostrar que o senador sabe gerir melhor do que os adversários. O choque de gestão será o mote da campanha.
Freio. Casa, educação e saúde. O tripé que a candidata do PT pretende apresentar na campanha de reeleição é considerado muito forte, mas sofre o desgaste do tempo. Apesar de ter ampliado sua escala desde 2011, Minha Casa, Minha Vida e Pronatec já eram vitrines de campanha em 2010. .
Desde agosto, o governo evita lançar novos programas. Ideias que estavam prontas para serem apresentadas, como a reforma do ensino médio, foram deixadas na geladeira. A orientação de Dilma foi parar com os lançamentos e focar em desenvolver e melhorar o que já estava na rua.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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