Presidenciável tucano criticou o fechamento de 13 mil leitos hospitalares nos últimos três anos e disse que é uma contradição ter "mais médicos e menos saúde"
Beatriz Albuquerque
O senador mineiro e pré-candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, criticou ontem, em entrevista ao programa Supermanhã, da Rádio Jornal, o formato do investimento do principal programa do governo Dilma, o mais Mais Médicos, e destacou que se for eleito, a marca do seu governo será de mudanças. Em um eventual governo do PSDB, os programas positivos do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) serão aprimorados, garante o tucano.
“A nossa forma de fazer oposição não é igual a do PT, que sempre considerou vício de origem tudo o que vinha de um governo que não era o seu. As coisas boas do governo do PT, em um eventual governo do PSDB, serão aprimoradas. Infelizmente, não são tantas essas coisas. Em relação à saúde, é uma contradição ter mais médicos e menos saúde. Ninguém pode ser contra ter mais médicos no país, mas é uma contradição o governo fechar treze mil leitos hospitalares, apenas nos últimos três anos”, afirmou o senador, em entrevista à Rádio Jornal.
O presidenciável destacou que, no passado, o PT foi contra projetos desenvolvidos por gestões anteriores, como o Plano Real, a formação da Lei de Responsabilidade Fiscal e a política de privatizações, que, hoje, é realizada pela atual gestão. “O PT abriu mão de ter um projeto de país transformador, para se contentar em ter exclusivamente um projeto de poder”, cravou o tucano.
Segundo Aécio, uma das propostas de mudança do PSDB é a formação de um “governo enxuto, mais eficiente e com uma visão de mundo pragmática”.
Sendo o próximo semestre definitivo para o fortalecimento dos nomes dos candidatos de oposição, a estratégia adotada pelo pré-candidato será “andar pelo país”. O mineiro já visitou mais de 20 Estados e pretende estar, em breve, em Pernambuco.
Questionado sobre suposto acordo firmado com o governador Eduardo Campos (PSB), Aécio afirmou que a convergência entre os eleitores tucanos e socialistas ocorrerá naturalmente, devido à campanha oposicionista de ambos.
Porém, ressaltou, “seria prematuro firmar um acordo agora, porque implicaria em um de nós abdicarmos do segundo turno, mas eu confio que estaremos juntos em um segundo turno, iniciando um ciclo novo de governo”.
Fonte: Jornal do Commercio (PE)
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