quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Panorama Político - Ilimar Franco

Ideia fixa
O PT quer a pasta da Integração. O PMDB não abre mão de voltar àquele ministério. O vice Michel Temer defendeu essa posição para a presidente Dilma. “Não tem Plano B. A pasta era nossa e abrimos mão em nome de compor com o PSB”, afirma o presidente da Câmara, Henrique Alves. O partido não quer trocar para outra, como Cidades, pois “o Aguinaldo Ribeiro e o PP são nossos aliados”.

A sucessão e as centrais
As centrais sindicais dos trabalhadores estão se posicionando nas eleições presidenciais. A CUT e a CTB apoiam a reeleição da presidente Dilma (PT). A Força Sindical está com a candidatura Aécio Neves (PSDB). Mas nenhuma delas condiciona esse apoio ao atendimento de suas reivindicações. Em março, elas entregaram à presidente Dilma uma pauta que pedia: “Redução de jornada de trabalho sem redução de salário; o fim do fator previdenciário; e aprovar resoluções da OIT para regulamentar a negociação coletiva do setor público e contra a demissão imotivada. Será que as centrais vão cobrar isso? Será que algum dos candidatos vai assumir essa agenda?

“Na primeira campanha (2008) do presidente Obama, ele obteve extraordinária contribuição pela internet de pessoas que doavam US$10, US$20, US$100”

Eduardo Suplicy
Senador (PT-SP), ao defender o fim das doações eleitorais de empresas

De olho no eleitor
Mesmo que se apresente como crítico do governo Dilma, o ex-presidente Lula avalia que o embate contra Eduardo Campos deve ser cuidadoso. Ele argumenta que é preciso garantir parcela do eleitorado do socialista num segundo turno.

O retorno
Ex-presidente da CNI, ex-senador e ministro da Integração no governo Fernando Henrique Cardoso, Fernando Bezerra é o candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Norte. Ele saiu do PMDB, andou no PSB mas agora está de volta e tem o apoio dos Alves. O partido, que tem o maior número de prefeitos, está há 12 anos fora do poder.

A resposta
O comando da Câmara vai tentar promover uma reforma política na volta do recesso. Os deputados querem matar qualquer outra tentação de legislar do STF. A maioria não aceita o fim do financiamento pelas empresas.

O ‘economês’ tucano
Aliados do candidato tucano à presidência, Aécio Neves, estão preocupados com a sua linha de comunicação. Citam como exemplo sua frase de que vai transformar o Bolsa Família de uma política de governo para uma política de Estado. Eles perguntam: “Quem sabe qual a diferença?” e “O eleitor associa o palavreado a algo positivo?”.

Só no caso de reeleição
A exemplo do presidente do PSD, Gilberto Kassab, outros aliados de peso, como é o caso do ex-governador Ciro Gomes (PROS), não querem assumir qualquer ministério agora. Preferem deixar para um eventual próximo mandato.

A tendência
Caso se confirme que não haverá espaço para nomeações políticas na reforma ministerial, aliados afirmam que a presidente Dilma deve, na maioria dos casos, nomear secretários executivos para o lugar dos ministros que foram concorrer.

Os tucanos estão acenando apoio à candidatura do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), ao governo, em 2018, caso ele apoie Beto Richa agora.

Fonte: O Globo

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