- Folha de S. Paulo
SÃO PAULO - O Instituto Lula negou nesta segunda (4) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atue como lobista ou consultor. Numa nota em resposta a uma reportagem da revista "Época", negou ainda que ele seja alvo de investigação da Procuradoria da República.
Segundo a revista, que classifica o ex-presidente como "o operador" em sua capa, Lula é suspeito de usar sua influência para ajudar a empreiteira Odebrecht no exterior. Algumas obras seriam financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
De acordo com a nota, há um "procedimento preliminar" iniciado por um procurador. A iniciativa pode virar um inquérito ou pode terminar arquivada.
O instituto diz que a revista "mente" ao dizer que a maioria das viagens de Lula foi bancada pela Odebrecht. E nega que Cuba, Gana, Angola e República Dominicana sejam seus principais destinos. Ele foi seis vezes aos EUA, diz.
A nota afirma ainda que o Instituto Lula foi contatado pela revista três horas antes do fechamento da edição, sem oportunidade de esclarecer as dúvidas pessoalmente.
O procurador Anselmo Lopes, do 4º Ofício de Combate à Corrupção da Procuradoria da República no Distrito Federal, confirmou que há apuração: uma análise de reportagens sobre as relações de Lula com empreiteiras e contratos fora do país. O objetivo é verificar se houve tráfico de influência.
Até agora, diz a procuradora Mirella Aguiar, não há provas contra o petista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário