Por Cristiane Agostine – Valor Econômico
SÃO PAULO - Cotado no PSDB como pré-candidato à Presidência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu ontem o impeachment da presidente Dilma Rousseff e afirmou que o país precisa "virar a página" e "retomar a esperança". Alckmin afirmou que a saída da presidente "fortalecerá" o Brasil.
O governador paulista disse concordar em "gênero, número e grau" com a defesa do impeachment de Dilma feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo" publicada ontem.
"Entendo que o Brasil vai sair mais fortalecido de todo esse triste momento que estamos vivendo, [com] a população valorizando suas instituições. O país precisa ter instituições sólidas. É isso o que caracteriza uma democracia", disse Alckmin ao defender o impeachment da presidente Dilma, eleita com 54 milhões de votos. "E o povo vai às ruas para defender as instituições que foram vilipendiadas, em defesa das instituições e o país vai sair mais forte desse processo. Precisamos virar a página, retomar a esperança, o emprego, o desenvolvimento, investimento. É isso que interessa", afirmou.
Alckmin votou ontem no segundo turno da prévia do PSDB para escolher o candidato à Prefeitura de São Paulo, acompanhado do candidato João Doria Jr., que foi definido ontem como candidato.
O tucano afirmou ainda que deve demorar para o país superar as crises política e econômica. "Não tem passe de mágica, mas o primeiro passo é confiança e ação. Hoje em dia se não agir você vai para trás na competitividade. Não pode adiar mais reformas estruturantes, medidas econômicas necessárias. Para tudo isso precisa ter ação e não inação", afirmou.
O governador desconversou ao ser questionado sobre sua eventual candidatura em 2018 e disse que ainda "não tem projeto" para a próxima eleição presidencial. "É muito cedo".
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