• Paralisação pode afetar ainda mais o atendimento no Hospital Universitário Pedro Ernesto
- O Globo
A crise da Universidade do Estado do Rio (Uerj) provocou a suspensão das atividades de um dos cursos mais tradicionais da instituição: o de medicina. Ontem, o diretor da faculdade, Mário Fritsch, convocou a imprensa para anunciar que a escola médica não retornará às aulas na próxima segunda-feira, como estava previsto. Os demais cursos da Uerj também adiaram o início do semestre.
Segundo Fritsch, esta é a pior crise pela qual a universidade já passou. A decisão de suspender as aulas, segundo ele, se deve à falta de condições de trabalho para funcionários e de aprendizado para alunos. O professor lembrou ainda que as bolsas dos estudantes cotistas não são pagas desde novembro e que o restaurante universitário está fechado devido à falta de repasses do governo:
— O que mais nos angustia é o sucateamento moral. Temos vários professores e alunos com problemas psicológicos. Fomos obrigados a suspender as aulas da Faculdade de Medicina, que era a única da universidade que vinha mantendo as atividades de graduação.
Para Fritsch, a crise vem “angustiando” os profissionais da Uerj:
— Temos professores que se sentem entristecidos e até envergonhados de passar por isso. Vimos tudo o que foi construído em décadas acabar em um ano.
Devido à falta de estudantes internos, o funcionamento do Hospital Universitário Pedro Ernesto, que é ligado à Uerj, poderá ser ainda mais comprometido. Hoje, apenas 70 dos 500 leitos disponíveis estão recebendo pacientes.
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