• Estabelecimento invadido recebe tapumes; lojistas temem novos confrontos
- O Globo
Um dia após o protesto violento contra a privatização da Cedae nos arredores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o rastro de destruição era visível no Centro, cenário de ataques a estabelecimentos comerciais. Um loja na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua da Assembleia amanheceu cercada com tapumes e barras de ferro: durante a manifestação, ela foi saqueada. No mesmo trecho, estilhaços de vidro e lixo pela calçada lembravam a praça de guerra de quinta-feira.
Ontem, o policiamento esteve reforçado na região, onde pelo menos uma banca de jornal, duas lojas e três bancos foram depredados. Uma das lojas, a O’Born, de moda masculina, foi saqueada e teve a vitrine quebrada. Vândalos usaram pedras, barras de ferro e pedaços de pau para destruíla. O prejuízo deve passar de R$ 80 mil. Vendedores passaram a manhã empacotando o que sobrou: devido à possibilidade de mais protestos, produtos foram levados para um depósito.
— Se tudo der certo, só reabriremos no fim da semana que vem. A gente está com medo dos próximos dias, e, por isso, vamos colocar uma porta de ferro reforçada na loja — contou o supervisor da loja, Leandro Deter.
Na loja vizinha, a Zipper Zipper, seis funcionárias passaram por quatro horas de pânico. Com a violência do lado de fora, elas se trancaram no estabelecimento, que sofreu tentativas de invasão e foi alvo de bombas de gás e rojões. Grávida de dois meses, a vendedora Adriele Pequeno ficou aterrorizada:
— Ouvíamos gritos e barulho de golpes de barra de ferro. Tive medo que colocassem fogo com a gente lá dentro.
As funcionárias pediram socorro por um celular e só conseguiram deixar a loja às 19h, escoltadas por PMs.
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