Presidente da entidade que foi uma das fiadoras do impeachment de Dilma Rousseff diz que federação não discute política, mas economia
Pedro Venceslau, Daniel Weterman e André Ítalo, O Estado de S.Paulo
Após participar ativamente do movimento pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, diz agora que não cabe à entidade opinar sobre a renúncia ou permanência de Michel Temer no Palácio do Planalto. O empresário deu declaração ao Estado após um seminário sobre reforma política na sede da federação. Skaf é alvo de inquérito no âmbito da Operação Lava Jato.
A Fiesp defende a renúncia de Michel Temer ou defende a permanência dele no governo?
Não cabe à Fiesp falar sobre renúncia de Presidente da República, mas defender a retomada do crescimento do País e soluções para os 15 milhões de pessoas que estão sem emprego. Cabe à Fiesp defender reformas estruturais para recuperar a competitividade.
Mas no caso da Dilma Rousseff cabia falar em impeachment...
No caso da Dilma era uma situação diferente. Ela havia perdido completamente o controle do País. Vivemos dois anos seguidos de crescimento negativo de 3,8%, tanto que acumulou mais de 13 milhões de desempregados.
Temer não perdeu o controle do País?
O que nós observamos nessa fase foi um controle inflacionário. A inflação ficou abaixo da meta. Os juros caíram e o crédito caminha em boa direção e o câmbio está menos volátil. As reformas estruturais estão sendo aprovadas. Não há como comparar uma situação com a outra. As situações são completamente diferentes.
Então é a economia que determina a necessidade de pedir impeachment?
A Fiesp se refere a economia. Cabe à Fiesp discutir economia, não política. São situações incomparáveis.
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