domingo, 5 de novembro de 2017

Coluna do Estadão / O Estado de S. Paulo

Tasso aceita disputar presidência do PSDB

O grupo de oposição ao governo Temer no PSDB lança oficialmente nesta semana o senador Tasso Jereissati à presidência do partido. O movimento tem por objetivo tornar irreversível a candidatura de Tasso, que concordou em disputar a vaga, que ocupa interinamente devido à licença do senador Aécio Neves do cargo. O grupo dos cabeças-pretas tem consciência de que a disputa com a ala governista será voto a voto. Tasso deve concorrer com o governador de Goiás, Marconi Perillo. Quem levar comandará o PSDB no ano eleitoral de 2018.

» Fora, Perillo. O grupo pró-Tasso vai tentar convencer Marconi Perillo a desistir da candidatura com o argumento de que ele já conta com 24 dos 46 votos da bancada do partido na Câmara dos Deputados.

» Sai você. O time de Perillo fará o mesmo movimento, mas com a justificativa de que Tasso tem de concorrer ao governo do Ceará para garantir palanque à candidatura de Geraldo Alckmin ao Planalto. Se Tasso perder e Alckmin ganhar, ele viraria ministro.

» A regra. Ganha a eleição para o comando do PSDB quem obtiver metade mais um dos votos dos convencionais. O quórum ainda será definido pelas convenções e pode chegar a até 500 votantes.

» Lenha na fogueira. Outra disputa que vai rachar o PSDB é pela liderança do partido na Câmara. O mandato do deputado Ricardo Tripoli termina em dezembro. No páreo estão o cabeça-preta Betinho Gomes (PE) e Rogério Marinho (RN), pró-Temer.

» É complexo. A Polícia Federal ainda não começou a elaborar as perguntas para encaminhar ao presidente Michel Temer sobre suspeitas de ilegalidades num decreto do setor portuário. O inquérito tem muitos volumes e os policiais ainda estão lendo o material.

» Flechada. Na PF se brinca que eles não seguem o “padrão Janot”, uma estocada no ex-procurador que fechou a polêmica delação da JBS em prazo recorde.

» Mantenha isso. O Planalto pediu ao ministro Torquato Jardim que faça ações relativas à segurança no Rio, mesmo após a polêmica em que se envolveu ao dizer que comandantes da polícia são associados ao crime organizado.

» Vingança. Interlocutores do ministro da Justiça o aconselham a se recolher e veem na ordem do governo uma forma de estocar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que criticou publicamente as declarações de Torquato. Maia volta e meia bate de frente com o Planalto.

» Empacou. Auditoria do TCU constatou que o novo Centro de Processamento Final de Imunobiológicos de Bio-Manguinhos pode não ter recursos suficientes para ser concluído. Materiais ficaram velhos devido à não conclusão das obras.

» Fica. Temer vai manter o ministro Bruno Araújo (Cidades) apesar da cobiça do Centrão pela vaga.

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