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Seja para ganhar dele no segundo turno, seja para perder
Todos os candidatos a presidente da República torcem para enfrentar Jair Bolsonaro no segundo turno, mas nenhum torce tanto quando Fernando Haddad, o estepe de Lula, por ora disfarçado de candidato a vice.
Contra Geraldo Alckmin, Haddad só contaria com o apoio da esquerda no segundo turno. A maior parte dos votos de Bolsonaro migraria naturalmente para Alckmin. Contra Bolsonaro, grande parte do voto de Alckmin migraria para Haddad.
Em 1989, uma vez derrotado no primeiro turno, Mário Covas levou o PSDB a apoiar a candidatura de Lula no segundo turno contra Fernando Collor. Não foi o suficiente para eleger Lula – Collor venceu. Mas por pouco Lula não chegou lá.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que atura, mas não simpatiza com a candidatura de Alckmin, já deu todos os sinais de que apoiará Haddad no segundo turno no caso de Haddad ter que enfrentar Bolsonaro. A recíproca não é verdade.
Em entrevista ao programa “Canal Livre”, da Rede Bandeirantes de Televisão, Haddad disse que o PT não apoiaria Alckmin contra Bolsonaro em um eventual segundo turno. Segundo ele, Alckmin é o candidato de Temer e dos que derrubaram Dilma.
Fora do segundo turno, o melhor para o PT seria a eleição de Bolsonaro. Um governo do capitão é garantia certa de confusão e instabilidade por pelo menos quatro anos, tempo bastante para o PT se reorganizar e crescer em meio ao caos.
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