- O Estado de S.Paulo
Primeira pesquisa Ibope/Estado/TV Globo após início da campanha mostra que resiliência de Bolsonaro é a primeira pedra no sapato para a repetição do embate entre PT e PSDB no 2.º turno da eleição presidencial que vigora desde 1994
PT e PSDB apostam – ou seria mais correto dizer torcem – na repetição de embate entre os dois no 2.º turno da eleição presidencial, mas a primeira pesquisa Ibope/Estado/TV Globo após o início da campanha mostra que esta realidade ainda está distante.
A resiliência de Bolsonaro (PSL) é a primeira pedra no sapato para a repetição da polarização que vigora desde 1994. O voto dele se mostra cristalizado, seja por seu crescimento em relação a outras pesquisas do mesmo instituto, seja pela pequena diferença entre menções espontâneas a seu nome (15%) e seus índices nos cenários estimulados (18% com Lula e 20% sem ele).
Neste caso, o revés é para Alckmin (PSDB), que ainda patina, com 2% espontâneos e 5% e 7% nas simulações com e sem Lula. É verdade que o cálculo do PSDB e dos aliados nunca foi que Alckmin cresceria de pronto: a aposta é que isso ocorrerá após o início da propaganda eleitoral. Mas é uma estratégia que esbarra no tempo curto para que ele realize todo o potencial que conseguiu com a coligação que lhe dá 44% do tempo de TV.
Do lado do PT, a pesquisa mostra que, por ora, Haddad não é visto como o candidato de Lula quando ele é retirado do páreo. A insistência do partido em levar até o prazo-limite a candidatura do ex-presidente retarda a percepção, sobretudo no eleitorado mais propenso a votar em um nome de Lula, de que haverá um novo “poste” a ser conhecido.
Apenas quando a pergunta é direta sobre se Haddad, apoiado por Lula, seria escolhido, essa vinculação fica clara. Nesse recorte, os índices de Haddad podem até ser suficientes para levá-lo ao 2.º turno, mas os 60% que dizem que não o escolheriam em nenhuma hipótese são um sinal vermelho para as chances de vitória do petista.
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