Ex-presidente chamou de injustiça decisão do TSE que barrou sua candidatura
Marina Dias | Folha de S. Paulo
CURITIBA - A cúpula do PT aprovou por unanimidade o nome de Fernando Haddad como substituto do ex-presidente Lula na chapa do partido ao Planalto.
Em reunião nesta terça-feira (11), em Curitiba, a executiva nacional do PT chancelou, após carta enviada por Lula, Haddad como candidato oficial da sigla.
Na mensagem, Lula escreveu sobre o que chama de injustiça que vem sofrendo para deixá-lo fora da eleição, se disse indignado, mas ressaltou a importância da continuidade de seu projeto político com Haddad como candidato.
A mensagem do ex-presidente serviu para arrefecer qualquer resistência interna que ainda pudesse haver na sigla ao nome do ex-prefeito de São Paulo. A carta foi lida pelo próprio Haddad a portas fechadas.
Uma ala do partido, ligada à presidente da sigla, Gleisi Hoffmann (PR), ainda queria adiar a troca para o dia 17 de setembro, o que desagradava aos aliados de Haddad.
Os dirigentes do PT farão uma pausa para o almoço e, à tarde, vão fazer um ato na frente da sede da Polícia Federal, onde Lula está preso, para oficializar a decisão.
O ex-presidente foi condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Com base na Lei da Ficha Limpa, o TSE barrou a candidatura do petista no dia 1º de setembro e determinou que o PT teria dez dias para substituir Lula na chapa.
Ao final da reunião, o governador de Minas Gerais e candidato a reeleição Fernando Pimentel disse que o partido está sendo forçado a trocar o candidato.
"Nosso candidato era Lula, mas diante desse bloqueio, dessa violência que está sendo cometida contra a democracia, nós vamos trocá-lo. O presidente Lula foi consultado e está indicando o companheiro Haddad", afirmou.
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