- O Estado de S.Paulo
As pesquisas num fluxo diário nesta reta final da sucessão presidencial captam uma espécie de cabo de guerra entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad: o crescimento de um causa, como reação, a subida do outro na rodada seguinte. Assim, se na medição anterior do Ibope/Estado/TV Globo, o petista aparecia estável e com a rejeição a galope e o candidato do PSL crescia, desta vez os dois apenas oscilam, mas Haddad um pouco mais.
A quatro dias do pleito, o cenário é de estabilidade após semanas de crescimento dos dois líderes. Bolsonaro precisaria ter mantido o ritmo intenso de alta para ter mais esperança na vitória já no primeiro turno – discurso que continuará a ser inflado nas redes sociais.
O Ibope joga água fria na tentativa de engrossar o caldo da terceira via. A despeito da tabelinha do debate da TV Record e dos apelos que têm feito, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e Marina Silva perderam musculatura, em vez de ganhar. Se continuarem a desidratar, podem contribuir com a tentativa de Bolsonaro de liquidar a fatura antecipadamente.
Ciro sonhava ser uma opção de centro-esquerda à aversão do eleitorado ao PT. Sua oscilação negativa mostra que esse discurso passa longe do grosso do eleitorado petista – nordestino, de baixa renda e baixa escolaridade.
Assim, ao menos por ora, Haddad estancou a sangria depois da delação de Antonio Palocci e das diatribes de José Dirceu. Tudo o mais constante, vai se desenhando o tão temido segundo turno dos extremos.
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