Coluna do Estadão
Jair Bolsonaro escalou deputados derrotados nas eleições de outubro para ajudar na articulação política do seu governo. Leonardo Quintão (MDB-MG) e Carlos Manato (PSL-ES) serão secretários de Onyx Lorenzoni na Casa Civil, não terão status de ministros e receberão salários de R$ 16,5 mil. A tarefa deles será abrir diálogo com o Congresso. “Mas sem fazer o toma lá, dá cá”, diz Manato sobre a missão recebida. A bancada evangélica tentou emplacar Quintão como ministro das Minas e Energia, mas ele foi contemplado apenas com o cargo no 2.º escalão.
Em breve. Ficou acertado que Quintão e Manato só assumirão as vagas no governo em fevereiro, quando termina o mandato deles na Câmara dos Deputados.
Amigo secreto. O ex-senador Wellington Salgado (MDB-MG) fez a ponte entre Paulo Guedes e Renan Calheiros e viabilizou o jantar dos dois na última terça-feira, encontro revelado pela Coluna. Pupilo de Renan, Salgado é amigo do futuro ministro da Fazenda há mais de dez anos.
Conexão. Os dois se conheceram numa época em que o futuro ministro queria entender sobre o mercado de educação. O ex-senador é dono de universidade. Guedes se interessou pelo tema ao perceber que, após a crise financeira internacional, o mercado que se recuperou mais rapidamente foi o do ensino.
Tête-à-tête. Paulo Guedes se divide entre se aproximar do mundo de Brasília e manter vivos os laços com o setor financeiro. Na quinta, jantou com Eduardo Alcalay, presidente do Bank of America Merrill Lynch, e outros executivos do banco. Ficaram em sala reservada no Fasano do Rio até tarde da noite.
Saco sem fundo. O encontro que Jair Bolsonaro fará com as bancadas partidárias ainda não atende aos anseios dos partidos. Os presidentes das siglas reclamam de não terem sido convidados.
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