Partido defende voto fechado para escolha do presidente da Casa. Vencida, Simone Tebet diz em vídeo que deixou liderança
Amanda Almeida | O Globo
BRASÍLIA - Depois de três horas de reunião ontem, o MDB deixou a decisão sobre quem indicará para a disputa à presidência do Senado para amanhã, mas deu sinalizações favoráveis à escolha de Renan Calheiros (AL).
A maioria da bancada defendeu a manutenção do voto secreto para a escolha do comando da Casa, em desacordo com a proposta da senadora Simone Tebet (MS), adversária de Renan na disputa interna do partido.
Defensora do voto aberto para a presidência do Senado, Tebet saiu vencida da reunião e, em vídeo, disse que deixou a liderança do partido na Casa por discordar da maioria dos colegas.
Em reunião na segunda-feira entre sete pré-candidatos que se lançam na expectativa de fazer um contraponto à força de Renan, da qual Tebet participou, o combinado foi levar a proposta de voto aberto às bancadas. A aposta é que, constrangidos, senadores deixariam de votar em Renan ao ter de expor o seu voto em alguém que carrega nove inquéritos no Supremo.
O voto secreto para a escolha do presidente da Casa é previsto no regimento interno. O tema foi levado ao Supremo no fim do ano pelo senador Lasier Martins (PSD-RS). O ministro Marco Aurélio Mello chegou a dar liminar a favor do voto aberto. Mas o presidente da Corte, Dias Toffoli, a derrubou. Agora, um grupo de senadores quer levar a questão novamente ao plenário.
CANDIDATURA AVULSA
A maioria da bancada também defendeu a unidade do partido e que não haja candidaturas avulsas. Segundo senadores presentes, foi questionado a Renan e Tebet se aceitariam uma eventual derrota na disputa interna, sem se lançar como nome fora da bancada. Eles dizem que os dois concordaram. Mais um incômodo para Tebet. Em entrevistas, na semana passada, ela admitiu se lançar como candidata avulsa, caso a bancada escolhesse Renan.
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