- Blog do Noblat / Veja
É dando que se recebe
Líderes de partidos começaram a ser avisados desde ontem que o presidente Jair Bolsonaro finalmente caiu na real e se dispõe a ceder cargos no segundo e demais escalões do governo para quem o apoiar dentro do Congresso.
Tudo pela aprovação da reforma da Previdência, e de outras coisitas mais. Haverá também generosa liberação de verbas previstas nas emendas dos parlamentares ao Orçamento da União. Foi para o brejo a história de um banco de talentos com nomes indicados por políticos.
Um governo carente de votos e de articulação política não poderá dar-se ao luxo de pedir apoio em troca de nada. É sua sobrevivência que está em jogo.
Bolsonaro, um presidente fake
Jair Messias Bolsonaro, como assina, está descobrindo que Bolsonaro, presidente do Brasil há menos de 100 dias, é apenas uma caricatura de si mesmo.
Durante 33 anos, ele fez a vida na política criticando adversários porque, dizia, mentiam, distorciam, manipulavam e falsificavam histórias sobre situações, lugares e pessoas, especialmente quando se tratava das que fizeram parte ou estiveram aliadas ao regime militar – o mesmo que o processou e mandou para reserva por indisciplina.
Jair Messias Bolsonaro já coleciona material suficiente, que ele mesmo tem publicado nas redes sociais, demonstrando que o presidente Bolsonaro, em menos de 100 dias no poder, se tornou a imagem e semelhança dos adversários políticos que tanto abominava.
Na caricatura poderia identificar o perfil comum aos políticos habituados a usar cargos, subvenções e instrumentos financiados pelo povo para mentir, distorcer, manipular e criar histórias, com o único objetivo de assassinar reputações de seus críticos.
Se olhar no espelho com olhos de ver, talvez perceba que o presidente Bolsonaro se tornou a uma velocidade relâmpago uma representação malfeita de tudo aquilo que Jair Messias Bolsonaro sempre disse deplorar.
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