Seus predecessores há muito tempo a reivindicam e procuram fortalecê-la. O crescente desenvolvimento quantitativo e qualitativo da cidadania em todos os países do mundo, dos mais pobres aos mais ricos, confirma na prática os seus reivindicadores. As modernas tecnologias de comunicação de massa cada vez mais se democratizam. Pessoas de todas as classes sociais e níveis de educação passam a ter acesso a elas.
Bertholt Brecht dizia muito bem que a pátria é onde defendemos a humanidade.
A necessidade prática de consciência internacional também chegou ao Brasil pela adesão oficial do país a todos os documentos da Organização das Nações Unidas inclusive os que a recomendam e defendem. O partido Cidadania é herdeiro de importantes tradições, inclusive a internacionalista dos partidos que diretamente o antecedem. Não podemos nem devemos esquecer também está origem histórica do partido Cidadania.
A Cidadania em escala mundial tem também hoje no Brasil missões a cumprir.
Veja-se o grave caso dos refugiados no estado brasileiro de Roraima provindo da Venezuela. Eles são dezenas de milhares em busca de alimentação e medicamentos. O Brasil, país formado por milhões de imigrantes de muitos países, tem o dever de recebê-los, tratá-los com cuidados médicos, ensiná-los a língua portuguesa o suficiente para eles se comunicarem e encaminhá-los na direção de empregos e residências em vários lugares do Brasil. Pela cada vez mais avançada tecnologia de comunicação é possível esta inicial forma de ajuda. Daí em diante também eles sabem criar caminhos próprios.
Os anteriores imigrantes recebiam muito menos do Estado brasileiro devido à muito menor tecnologia de comunicação. Mesmo assim eles se tornaram antepassados das nossas famílias.
Intensa e extensa colaboração internacional consta dos documentos também assinados pelo Brasil na comunidade internacional. A globalização é diferente da internacionalização. Aquela vem se fazendo em primeiro lugar na economia; está se concentra no lado humano da educação, cultura, saúde, relações trabalhistas, defesa do meio ambiente e combate à criminalidade por cima das fronteiras. Portanto em defesa em primeiro lugar do cidadão do mundo que é o ser humano.
Este é o verdadeiro universalismo. Depois é que se cuide da defesa dos capitais e das tecnologias. Cidadania é movimento social com profundas raízes históricas próprias, além de partido. Ela tem o direito e o dever de estar ativamente presente nas implicações humanas e humanistas cia globalização não só econômica e tecnológica.
A Cidadania brasileira é irmã e colaboradora das cidadanias do mundo inteiro.
*Vamireh Chacon é um cientista político, professor, escritor e pesquisador na área do Direito. Autor de muitos livros, entre eles ‘História dos partidos brasileiros: discurso e praxis dos seus programas’. Artigo originalmente disponibilizado por Roberto Freire, no grupo WhatsApp Cidadania DN Oficial.
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