Valor Econômico
Não há mudanças bruscas na reta final desde
1994
Está acabando - ou não. A esta altura do
campeonato, qualquer movimento dos eleitores poderá definir se haverá mesmo
necessidade de um segundo turno. A depender da postura dos candidatos até
domingo, daqui a uma semana estaremos discutindo o futuro governo de Lula ou,
pelo contrário, as conversas girarão em torno da capacidade de Jair Bolsonaro
reverter a desvantagem numa segunda votação no dia 30/10.
Os principais competidores entram na
derradeira volta com diferentes velocidades, ânimos e objetivos.
Empolgada com os últimos resultados das
pesquisas, que indicam uma ampliação de sua vantagem na liderança, a equipe de
Lula sonha com a vitória já no próximo domingo.
Bolsonaro, por sua vez, aposta mais no olho
do que nos medidores para aferir sua distância em relação ao representante da
escuderia vermelha, e com isso tenta manter sua torcida empolgada, ao mesmo
tempo em que promete acelerar na reta final.
Ciro Gomes e Simone Tebet, embora não reconheçam publicamente, sabem que a vitória é impossível. Mas brigam pelo terceiro lugar no pódio. A depender da distância que ficarem dos dois primeiros colocados, poderão sonhar continuar frequentando o pelotão de frente da política brasileira no futuro.
Brincadeiras automobilísticas à parte,
olhando em retrospecto não há mudanças bruscas entre intenções de voto e
resultado das urnas na última semana desde 1994 (veja o gráfico).
A única exceção aconteceu em 2014, mas teve
como foco a disputa pelo segundo lugar: nos últimos sete dias, Aécio Neves
cresceu de 20% para 24%, ultrapassando Marina Silva, que caiu de 25% para 22%.
Quando tratamos de liderança, os
prognósticos dos institutos de pesquisa sempre foram confirmados nas urnas.
A notícia ruim para Lula é que entre 1994 e
2014 os líderes sempre tiveram um desempenho eleitoral inferior ao que as
pesquisas acusavam nas vésperas da eleição - e a única vez em que isso não
aconteceu foi justamente com Jair Bolsonaro em 2018.
Para liquidar a fatura no próximo domingo,
portanto, Lula precisa de um impulso que ele próprio não foi capaz de realizar
em 2002 e 2006 - anos em que as pesquisas apontavam uma possibilidade real de
vitória no primeiro turno, mas o último movimento dos eleitores foi na direção
contrária, levando a uma nova votação, contra José Serra e Geraldo Alckmin,
respectivamente.
Com Bolsonaro estacionado nas pesquisas e o
número reduzido de indecisos, Lula concentrará seus esforços para tentar o voto
dos eleitores de Ciro Gomes e de Simone Tebet - e isso não será fácil.
Tendo adotado a postura cautelosa de faltar
ao debate de sábado à noite transmitido pelo SBT e pela CNN Brasil, o
ex-presidente foi duramente atacado por todos os seus rivais, principalmente em
relação às denúncias de corrupção durante os governos do PT.
As imagens do púlpito vazio e as falas
contundentes dos adversários serão exploradas na propaganda eleitoral, nas
redes sociais e nos grupos de Whatsapp e Telegram nos próximos dias.
No principal evento desta semana, o debate
na Rede Globo na noite de quinta-feira, Lula pode contar como certa a oposição
agressiva não apenas de Bolsonaro, mas também de Ciro Gomes, cada vez mais
engajado na campanha de ataque à imagem do petista.
Repetindo a sina de 1998, 2002 e 2018, a
campanha de Ciro perde ímpeto nos momentos finais, com o candidato perdendo o
autocontrole e se enrolando a cada declaração. No debate do SBT e da CNN, Ciro
perdeu mais tempo criticando a esquerda e seus adversários (principalmente
Lula) do que apresentando suas propostas.
Atitude oposta teve Simone Tebet, que se
mostrou muito mais bem preparada para o debate, adotando um tom propositivo
raro de se ver nesta campanha. Caso repita seu desempenho na Rede Globo, será
mais difícil para Lula roubar votos úteis de Tebet do que de Ciro.
Num último esforço, estão em curso duas
batalhas diferentes. Enquanto Lula e Bolsonaro disputam a batalha dos turnos,
na disputa pelo terceiro lugar Simone e Ciro se digladiam para tentar continuar
relevantes até 2026.
Na disputa pelo voto útil, esses dois
combates se comunicam.
*Bruno Carazza é mestre em economia e doutor em direito, é autor de “Dinheiro, Eleições e Poder: as engrenagens do sistema político brasileiro” (Companhia das Letras)”.
14 comentários:
A imprensa virou um partido de oposição ao presidente , uma vergonha a outrora respeitada imprensa brasileira hoje se associaram para apoiar esse vagabundo ladrão que assaltou a nação de dentro do Palácio do Planalto fazendo discurso de defender os trabalhadores
Lula nunca mais o povo brasileiro já sabe quem é esse traidor da Pátria
Bandido ladrão vagabundo do Lula foi tirado da cadeia pelo ST F para concorrer a presidente da república uma afronta ao povo brasileiro vergonha vergonha vergonha vergonha
Fora broxonaro!
Bozo na cadeia! Tic tac... Tá chegando a hora...
Pode Jair se acostumando Bolsonaro no primeiro turno!
O ladrão cachaceiro que apoia droga, aborto , invasão do MST, roubo de celular , censura na mídia vai receber um não do povo
O Lula ladrão nunca mais!
Esquece!
Lula ladrão seu lugar é na prisão!
Lula devolve o dinheiro que você roubou do povo brasileiro
Uma vergonha esse STF
Seus ministros tiraram o Luladrão da cadeia pra ser candidato a presidente fizeram o brasileiro de trouxa
STF vergonha nacional!
A partir do ano que vem Bolsonaro vai botar essa turma togada petista no seu devido lugar
Acabou-se a ditadura
O tal consócio da imprensa virou partido de oposição sócio do PT
É carne e unha
Fazem campanha descarada pro ladrão o cinismo já penetrou no sangue
Não tem a menor vergonha
Bolsonaro vai rápido, muito veloz, de marcha ré! Como conduziu o país durante seu DESgoverno, para o retrocesso, para a decadência, para o atraso, para a mediocridade que o caracteriza! Afundou o país! Cadeia para o genocida!
Entender que Bolsonaro é um nentiroso e que o Lula não o é uma piada grotesca. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Domingo está chegando,hora da onça beber água,rs.
Gostaria de ver os dois lados se amando fraternalmente,eu rezo muito pra isso acontecer,fiquem todos na paz.
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