Clóvis Rossi
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
MADRI - Em tese, deveria escrever sobre o resultado das eleições municipais, especialmente a paulistana. Mas viajei domingo logo após votar, caí no meio de um vendaval financeiro sem paralelo desde que me lembro como jornalista (sim, nasci depois do "crash" de 1929) e a votação tornou-se quase irrelevante, na comparação.
Além disso, o resultado só reforçou uma observação feita no domingo: a capacidade de o presidente Lula transferir maciçamente votos para seus candidatos é menor do que parecia. Pelo menos o foi em São Paulo. Por isso, a candidatura Dilma Rousseff para 2010 poderá eventualmente ser repensada, como, aliás, disse ao site Congresso em Foco o cientista político Alexandre Barros, da consultoria Early Warning. "O resultado da Marta mostra que, pelo menos por enquanto, a transferência de votos não é tão fácil como o presidente imaginou", argumenta.
De todo modo, a eleição foi um fenômeno de continuísmo acima de tudo: dos 79 maiores colégios eleitorais, 50 definiram o pleito no primeiro turno, e os reeleitos foram 36 (ou 72%).Suspeito até que falar em partidos que ganharam ou perderam mais tampouco parece relevante.
Do meu ponto de vista, a eleição consagra de uma vez o personalismo, que já era forte na política brasileira. Aliás, é fenômeno mundial.
Bom, acabei falando mais do que deveria sobre as eleições. Sei, pelas contas do "Painel do Leitor" e do ombudsman, que é assunto que comove muito mais que a crise global.
Não deveria. Está se formando um tsunami financeiro capaz de repetir o fenômeno natural: ninguém falava dele até que chegou e varreu tudo o que encontrou pelo caminho.
Cada vez mais se fala em recessão global, não apenas desaceleração.
Como somos periféricos, não há de fato muito o que fazer. Informar-se é o mínimo. Gente distraída costuma apanhar mais.
DEU NA FOLHA DE S. PAULO
MADRI - Em tese, deveria escrever sobre o resultado das eleições municipais, especialmente a paulistana. Mas viajei domingo logo após votar, caí no meio de um vendaval financeiro sem paralelo desde que me lembro como jornalista (sim, nasci depois do "crash" de 1929) e a votação tornou-se quase irrelevante, na comparação.
Além disso, o resultado só reforçou uma observação feita no domingo: a capacidade de o presidente Lula transferir maciçamente votos para seus candidatos é menor do que parecia. Pelo menos o foi em São Paulo. Por isso, a candidatura Dilma Rousseff para 2010 poderá eventualmente ser repensada, como, aliás, disse ao site Congresso em Foco o cientista político Alexandre Barros, da consultoria Early Warning. "O resultado da Marta mostra que, pelo menos por enquanto, a transferência de votos não é tão fácil como o presidente imaginou", argumenta.
De todo modo, a eleição foi um fenômeno de continuísmo acima de tudo: dos 79 maiores colégios eleitorais, 50 definiram o pleito no primeiro turno, e os reeleitos foram 36 (ou 72%).Suspeito até que falar em partidos que ganharam ou perderam mais tampouco parece relevante.
Do meu ponto de vista, a eleição consagra de uma vez o personalismo, que já era forte na política brasileira. Aliás, é fenômeno mundial.
Bom, acabei falando mais do que deveria sobre as eleições. Sei, pelas contas do "Painel do Leitor" e do ombudsman, que é assunto que comove muito mais que a crise global.
Não deveria. Está se formando um tsunami financeiro capaz de repetir o fenômeno natural: ninguém falava dele até que chegou e varreu tudo o que encontrou pelo caminho.
Cada vez mais se fala em recessão global, não apenas desaceleração.
Como somos periféricos, não há de fato muito o que fazer. Informar-se é o mínimo. Gente distraída costuma apanhar mais.
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