Christiane Samarco, Brasília
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Com números de uma pesquisa eleitoral feita pelo instituto mineiro Vox Populi, o governador de Minas, Aécio Neves, fez campanha ontem no Congresso pelas prévias do PSDB para escolha do candidato tucano a presidente. Sorridente, ele trouxe na ponta da língua os dados que, ao menos em um quesito - potencial de crescimento -, lhe dariam vantagem sobre o governador de São Paulo, José Serra.
De acordo com os números apresentados aos parlamentares no Congresso, o governador mineiro, no caso de se tornar candidato do PSDB à Presidência, teria mais condições de assegurar e atrair votos.
"Quem conhece Aécio vota em Aécio", resumia o presidente do PSDB mineiro, deputado Paulo Abi-Ackel, na escolta política do governador.
De acordo com a assessoria do governador mineiro, ele tem a fidelidade de 44% dos eleitores que o conhecem bem, enquanto Serra registraria 32%. Na matemática pregada pelos aecistas, com mais exposição política, Aécio seria teria a capacidade de atrair mais e fiéis votos, o chamado potencial de crescimento eleitoral.
Aécio propõe que o PSDB realize as suas prévias até novembro, para que o candidato tucano à Presidência seja apresentado ao País ainda este ano. "Se não houver acordo entre os dois candidatos, este é o caminho", admitiu o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Temeroso de um racha que indisponha o candidato paulista com os mineiros, que representam o segundo maior colégio eleitoral do País, o grupo ligado a Serra defende um entendimento que dispense a realização de prévias.
Tasso avalia que a união dos dois é "muito provável", mas admite não saber "se é possível" transformar essa união em uma chapa puro-sangue.
LIDERANÇA
Como Serra lidera todas as pesquisas de intenção de voto, inclusive a do Vox Populi - a depender do cenário, ele obtém 40% a 45% das preferências -, o sonho dos serristas é ter Aécio como vice. "Em política, o imbatível não existe, mas difícil de ser derrotada é", afirmou Tasso, referindo-se à chapa puro-sangue.
Para o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), o importante da pesquisa é que os tucanos podem comemorar dois fatos: além de ter o líder, tem o candidato com o maior potencial de crescimento.
"Melhor ainda, ficou claro que o desempenho da candidata do PT não é tão bom e que não será fácil carregar esta candidatura", concluiu Castro, alfinetando a ministra da Casa Civil e pré-candidata, Dilma Rousseff.
Mal chegou ao plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, à procura de Tasso, Aécio foi surpreendido com uma manifestação do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que pediu a palavra para defender a consulta às bases na escolha do candidato tucano.
"Não há nada mais importante para a democracia do que as prévias", disse Suplicy, que fez questão de lembrar a própria "façanha" de ter disputado as prévias petistas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Mas o Lula nunca te perdoou por causa disso", atalhou, em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS). Em meio às risadas suprapartidárias do plenário, Simon lembrou ao petista que a ousadia custou caro.
Aécio não passou recibo. "É muito bom receber esse tipo de apoio. Se quem perde acha tão bom, imagine quem ganha", arrematou.
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Com números de uma pesquisa eleitoral feita pelo instituto mineiro Vox Populi, o governador de Minas, Aécio Neves, fez campanha ontem no Congresso pelas prévias do PSDB para escolha do candidato tucano a presidente. Sorridente, ele trouxe na ponta da língua os dados que, ao menos em um quesito - potencial de crescimento -, lhe dariam vantagem sobre o governador de São Paulo, José Serra.
De acordo com os números apresentados aos parlamentares no Congresso, o governador mineiro, no caso de se tornar candidato do PSDB à Presidência, teria mais condições de assegurar e atrair votos.
"Quem conhece Aécio vota em Aécio", resumia o presidente do PSDB mineiro, deputado Paulo Abi-Ackel, na escolta política do governador.
De acordo com a assessoria do governador mineiro, ele tem a fidelidade de 44% dos eleitores que o conhecem bem, enquanto Serra registraria 32%. Na matemática pregada pelos aecistas, com mais exposição política, Aécio seria teria a capacidade de atrair mais e fiéis votos, o chamado potencial de crescimento eleitoral.
Aécio propõe que o PSDB realize as suas prévias até novembro, para que o candidato tucano à Presidência seja apresentado ao País ainda este ano. "Se não houver acordo entre os dois candidatos, este é o caminho", admitiu o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Temeroso de um racha que indisponha o candidato paulista com os mineiros, que representam o segundo maior colégio eleitoral do País, o grupo ligado a Serra defende um entendimento que dispense a realização de prévias.
Tasso avalia que a união dos dois é "muito provável", mas admite não saber "se é possível" transformar essa união em uma chapa puro-sangue.
LIDERANÇA
Como Serra lidera todas as pesquisas de intenção de voto, inclusive a do Vox Populi - a depender do cenário, ele obtém 40% a 45% das preferências -, o sonho dos serristas é ter Aécio como vice. "Em política, o imbatível não existe, mas difícil de ser derrotada é", afirmou Tasso, referindo-se à chapa puro-sangue.
Para o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), o importante da pesquisa é que os tucanos podem comemorar dois fatos: além de ter o líder, tem o candidato com o maior potencial de crescimento.
"Melhor ainda, ficou claro que o desempenho da candidata do PT não é tão bom e que não será fácil carregar esta candidatura", concluiu Castro, alfinetando a ministra da Casa Civil e pré-candidata, Dilma Rousseff.
Mal chegou ao plenário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, à procura de Tasso, Aécio foi surpreendido com uma manifestação do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que pediu a palavra para defender a consulta às bases na escolha do candidato tucano.
"Não há nada mais importante para a democracia do que as prévias", disse Suplicy, que fez questão de lembrar a própria "façanha" de ter disputado as prévias petistas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Mas o Lula nunca te perdoou por causa disso", atalhou, em aparte, o senador Pedro Simon (PMDB-RS). Em meio às risadas suprapartidárias do plenário, Simon lembrou ao petista que a ousadia custou caro.
Aécio não passou recibo. "É muito bom receber esse tipo de apoio. Se quem perde acha tão bom, imagine quem ganha", arrematou.
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