Anne Warth
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Índice Dieese subiu de 13,9% para 15,1% em março
Apesar do aparente encerramento do ciclo de demissões na indústria, o comércio fez cortes expressivos de pessoal em março, elevando o desemprego no País para 15,1% da população economicamente ativa (PEA). É o maior índice verificado num mês de março desde o início da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pelo Dieese e Fundação Seade. Em fevereiro, o nível de desemprego total já estava em 13,9%.
As seis regiões metropolitanas analisadas pelo Dieese/Seade ganharam 254 mil desempregados em março. Agora, são 3,010 milhões de pessoas sem trabalho. O desemprego cresceu em todas as regiões. A Região Metropolitana de Porto Alegre teve a maior alta, de 12,5%, seguida por São Paulo, com 10,4%.
Os ajustes no comércio foram os grandes responsáveis pelo aumento, segundo a pesquisa do Dieese. Apenas na região metropolitana de São Paulo, o comércio dispensou 112 mil trabalhadores. Nos demais setores, houve pequeno aumento dos postos de trabalho. Construção civil, indústria e serviços criaram 19 mil vagas, mas não foram capazes de interromper o ciclo de alta no desemprego dos últimos três meses.
Embora as demissões no comércio em março sejam sazonais, tendo em vista que o período de liquidações se estende por janeiro e fevereiro, a intensidade da eliminação de vagas surpreendeu os técnicos. "As perspectivas não são das melhores, há muitas incertezas no ar e o comércio fez esse ajuste forte agora", afirmou o coordenador da pesquisa pela Fundação Seade, Alexandre Loloian. "O comércio não fez os ajustes que ocorreram na indústria e nos serviços em janeiro e fevereiro. Mas a intensidade desse ajuste foi absolutamente inédita."
Para o coordenador, a eliminação de vagas no comércio poderia ter sido ainda maior caso o governo não tivesse adotado medidas como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, produtos da linha branca e materiais de construção.
A eliminação de postos de em São Paulo no primeiro trimestre já superou a criação de vagas verificada em todo o ano de 2008. Nos três primeiros meses do ano, 409 mil empregos foram fechados, mais que as 313 mil vagas criadas em 2008.
Nas demais regiões metropolitanas pesquisadas, a situação se repete. Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal eliminaram 593 mil vagas no trimestre, menos que o total de postos de trabalho criados ao longo do ano de 2008 (635 mil empregos).
DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Índice Dieese subiu de 13,9% para 15,1% em março
Apesar do aparente encerramento do ciclo de demissões na indústria, o comércio fez cortes expressivos de pessoal em março, elevando o desemprego no País para 15,1% da população economicamente ativa (PEA). É o maior índice verificado num mês de março desde o início da Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pelo Dieese e Fundação Seade. Em fevereiro, o nível de desemprego total já estava em 13,9%.
As seis regiões metropolitanas analisadas pelo Dieese/Seade ganharam 254 mil desempregados em março. Agora, são 3,010 milhões de pessoas sem trabalho. O desemprego cresceu em todas as regiões. A Região Metropolitana de Porto Alegre teve a maior alta, de 12,5%, seguida por São Paulo, com 10,4%.
Os ajustes no comércio foram os grandes responsáveis pelo aumento, segundo a pesquisa do Dieese. Apenas na região metropolitana de São Paulo, o comércio dispensou 112 mil trabalhadores. Nos demais setores, houve pequeno aumento dos postos de trabalho. Construção civil, indústria e serviços criaram 19 mil vagas, mas não foram capazes de interromper o ciclo de alta no desemprego dos últimos três meses.
Embora as demissões no comércio em março sejam sazonais, tendo em vista que o período de liquidações se estende por janeiro e fevereiro, a intensidade da eliminação de vagas surpreendeu os técnicos. "As perspectivas não são das melhores, há muitas incertezas no ar e o comércio fez esse ajuste forte agora", afirmou o coordenador da pesquisa pela Fundação Seade, Alexandre Loloian. "O comércio não fez os ajustes que ocorreram na indústria e nos serviços em janeiro e fevereiro. Mas a intensidade desse ajuste foi absolutamente inédita."
Para o coordenador, a eliminação de vagas no comércio poderia ter sido ainda maior caso o governo não tivesse adotado medidas como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, produtos da linha branca e materiais de construção.
A eliminação de postos de em São Paulo no primeiro trimestre já superou a criação de vagas verificada em todo o ano de 2008. Nos três primeiros meses do ano, 409 mil empregos foram fechados, mais que as 313 mil vagas criadas em 2008.
Nas demais regiões metropolitanas pesquisadas, a situação se repete. Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal eliminaram 593 mil vagas no trimestre, menos que o total de postos de trabalho criados ao longo do ano de 2008 (635 mil empregos).
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