Letícia Lins IPOJUCA (PE)
DEU EM O GLOBO
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Presidente afirma que FAB avalia, mas que decisão será apenas dele
Apesar de a Força Aérea Brasileira (FAB) estar preparando relatório técnico sobre as propostas das empresas da França, dos EUA e da Suécia, que será inclusive adiado para receber detalhes adicionais sobre as promessas de transferência de tecnologia, o presidente Lula disse ontem que a decisão sobre a compra dos 36 caças é política e somente dele. “A FAB tem o conhecimento tecnológico para fazer a avaliação, ela tem e vai fazer, e preciso que ela faça. Agora, a decisão é política e estratégica, e essa é do presidente da República e de ninguém mais”, disse. Lula, que já manifestou preferência pela proposta da França, afirmou ainda que não tem pressa para resolver: “Eu decido quando eu quiser.”
Caças: Lula diz que só ele decide
Apesar de FAB preparar relatório, presidente diz ainda que resolverá "quando quiser"
Depois de ter manifestado clara preferência pelos Rafale franceses durante encontro com o presidente Nicolas Sarkozy no 7 de Setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a decisão sobre a compra dos 36 caças para a Força Aérea Brasileira (FAB) é somente dele.
Lula reconheceu que a FAB tem o conhecimento técnico para fazer a avaliação entre os três modelos em oferta — o Rafale francês, o F-18 americano e o Saab Gripen sueco —, mas disse que a decisão é política e estratégica e exclusiva do presidente.
— Fico vendo a imprensa e fico, às vezes, achando engraçadas as coisas como são colocadas: quem vai escolher, se é fulano, se é beltrano.
Ora: a FAB tem o conhecimento tecnológico para fazer a avaliação, ela tem e vai fazer, e preciso que faça. Agora, a decisão é política e estratégica, e essa é do presidente da República e de ninguém mais — disse , durante visita a Ipojuca, em Pernambuco.
— Por enquanto, nós estamos na fase dos palpites. Quem quiser dar palpite, que dê. Vocês podem dar palpite, outras pessoas podem dar palpite. Mas vai ter um dia em que a criança vai ter que nascer, e aí... Por enquanto, é isso que nós temos. E temos muito tempo para discutir, porque não tenho obrigação de decidir amanhã, depois de amanhã, no ano que vem. Eu decido quando eu quiser, é isso.
Durante a visita de Sarkozy ao Brasil, Lula anunciou ter aberto negociação para a compra de 36 caças Rafale da empresa francesa Dassault, embora o processo de escolha, conduzido pela FAB, ainda esteja em andamento: — Uma coisa está clara — disse ontem Lula.
— Queremos transferência de tecnologia e queremos construir esses aviões no Brasil. O presidente Sarkozy, até agora, foi o único que disse textualmente para mim que quer transferir não apenas a tecnologia para o Brasil, mas quer fazer o avião aqui, para que o Brasil tenha disponibilidade de vender para toda a América Latina.
Isso é a única coisa concreta que tenho.
Sem se referir diretamente à informação do governo dos Estados Unidos de que também está disposto a transferir tecnologia dos caças para o Brasil, Lula comentou: — Se alguém quiser ofertar, que oferte. Estamos conversando mais. Negociação é assim.
O presidente deixou clara sua preferência pelo caça francês, embora admita que as negociações não estão encerradas e vão se estender à empresa fabricante do Rafale: — Estamos estudando tudo, porque é muito dinheiro em jogo. O Sarkozy ofereceu possibilidades.
Vamos ver agora com a indústria francesa Dassault se ela está disposta a flexibilizar a proposta de Sarkozy — disse Lula.
Ele lembrou que, ao assumir a Presidência pela primeira vez, chegou a suspender as compras de caças porque, na época, o país não estava bem financeiramente: — Suspendi a discussão porque encontrei o país em miséria absoluta e eu não podia comprar avião com o povo passando fome.
Lula inaugurou um cais no porto de Suape, participou de cerimônia no estaleiro Atlântico Sul, o maior da América Latina, e, em seguida, acionou simbolicamente o moinho da Bongi. À tarde, inaugurou duas escolas federais, uma em Ipojuca e outra, por teleconferência, em Floresta.
À noite, participou de solenidade no Centro Regional de Ciências Nucleares, em Recife
— Fico vendo a imprensa e fico, às vezes, achando engraçadas as coisas como são colocadas: quem vai escolher, se é fulano, se é beltrano.
Ora: a FAB tem o conhecimento tecnológico para fazer a avaliação, ela tem e vai fazer, e preciso que faça. Agora, a decisão é política e estratégica, e essa é do presidente da República e de ninguém mais — disse , durante visita a Ipojuca, em Pernambuco.
— Por enquanto, nós estamos na fase dos palpites. Quem quiser dar palpite, que dê. Vocês podem dar palpite, outras pessoas podem dar palpite. Mas vai ter um dia em que a criança vai ter que nascer, e aí... Por enquanto, é isso que nós temos. E temos muito tempo para discutir, porque não tenho obrigação de decidir amanhã, depois de amanhã, no ano que vem. Eu decido quando eu quiser, é isso.
Durante a visita de Sarkozy ao Brasil, Lula anunciou ter aberto negociação para a compra de 36 caças Rafale da empresa francesa Dassault, embora o processo de escolha, conduzido pela FAB, ainda esteja em andamento: — Uma coisa está clara — disse ontem Lula.
— Queremos transferência de tecnologia e queremos construir esses aviões no Brasil. O presidente Sarkozy, até agora, foi o único que disse textualmente para mim que quer transferir não apenas a tecnologia para o Brasil, mas quer fazer o avião aqui, para que o Brasil tenha disponibilidade de vender para toda a América Latina.
Isso é a única coisa concreta que tenho.
Sem se referir diretamente à informação do governo dos Estados Unidos de que também está disposto a transferir tecnologia dos caças para o Brasil, Lula comentou: — Se alguém quiser ofertar, que oferte. Estamos conversando mais. Negociação é assim.
O presidente deixou clara sua preferência pelo caça francês, embora admita que as negociações não estão encerradas e vão se estender à empresa fabricante do Rafale: — Estamos estudando tudo, porque é muito dinheiro em jogo. O Sarkozy ofereceu possibilidades.
Vamos ver agora com a indústria francesa Dassault se ela está disposta a flexibilizar a proposta de Sarkozy — disse Lula.
Ele lembrou que, ao assumir a Presidência pela primeira vez, chegou a suspender as compras de caças porque, na época, o país não estava bem financeiramente: — Suspendi a discussão porque encontrei o país em miséria absoluta e eu não podia comprar avião com o povo passando fome.
Lula inaugurou um cais no porto de Suape, participou de cerimônia no estaleiro Atlântico Sul, o maior da América Latina, e, em seguida, acionou simbolicamente o moinho da Bongi. À tarde, inaugurou duas escolas federais, uma em Ipojuca e outra, por teleconferência, em Floresta.
À noite, participou de solenidade no Centro Regional de Ciências Nucleares, em Recife
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