O presidente Lula necessita consultar um pai de santo da sua confiança ou uma cartomante que leia o futuro nas cartas encardidas do seu baralho. Alguma praga de petista insatisfeito com a marginalização do partido que não dá um pio sobre os entendimentos políticos no Congresso ou ainda não engoliu o caroço da escolha da ministra Dilma Rousseff para candidata à sua sucessão, quando o partido foi o último a saber, está embaraçando seu esquema político,
Neste setembro que não deixará saudades, repetiu-se a tragédia que em novembro do ano passado maltratou os estados sulinos com uma devastação que deixou milhares de famílias desabrigadas e perderam tudo, absolutamente tudo, salvando a vida e a roupa do corpo; destruiu pontes, estradas descuidadas, que ficaram intransitáveis, e mobilizou o país numa corrente de solidariedade que lotou aviões com a doação de roupas, remédios, água potável, cobertores, lençóis, comida enlatada.
A lenta recuperação burocrática mal terminava os seus remendos, quando a tragédia se repete no bis do caiporismo da ventania das tempestades, que voltam a castigar Santa Catarina e áreas do Rio Grande do Sul, do Paraná e de São Paulo. Como as secas nordestinas, as tempestades de fim de ano já podem ser consideradas como um fenômeno sazonal, a ser previsto com antecedência para a programação do socorro de urgência, que poupa vida e atenua a sensação de desamparo da população.
O presidente Lula, com a ministra Dilma, devem percorrer as áreas mais castigadas, para levar às vítimas a solidariedade do governo e o compromisso de socorro, que é o dever do homem público.
Em Santa Catarina, o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) decretou estado de calamidade pública em 64 municípios mais atingidos pelos três tornados e temporais na noite de segunda-feira.
Quando o azar chega em duplicata, os santos devem ser invocados. O presidente Lula desabou da euforia com a compra, sem consulta à FAB, dos 36 aviões de caça Rafale, no amistoso bate-papo com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, em sua visita ao Brasil, com a reação dos Estados Unidos, que alegam estar a Embraer em negociações sigilosas para vender aviões às Forças Armadas Americanas. Insiste a embaixada americana que a Boeing fará nova oferta para a venda dos caças.
Embaraçado nos fios da precipitação, Lula apelou para a ironia, com jeito de deboche: “Daqui a pouco vou receber os caças de graça”.
O ministro das Forças Armadas, Nelson Jobim, que adora falar em nome do governo, avisa ao mundo que “este assunto será encerrado até o fim do ano”. Em faixa própria, cuidando dos seus interesses eleitorais, os deputados aprovaram o reajuste salarial de 8,88% para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Não é nada, não é nada, são vencimentos de R$ 26.723,13 até fevereiro, data para o novo reajuste, A toga cuida do conforto da família, completado pela penca de mordomias: mansões, carros de luxo e muitos penduricalhos.
Para acertar com a Câmara a tramitação dos quatro projetos de lei que tratam da exploração da camada pré-sal, Lula retirou o pedido de urgência. Um bom acordo que interessa aos dois lados.
Mas, nos tempos das vacas gordas, Lula não negociava com o Congresso da roubalheira do Senado: dava ordens à sua maioria, muito bem lubrificada com ministérios, autarquias, mordomias, vantagens e demais agrados sonantes.
Mas são os tropeços da rotina, mais ou menos severos. E a óbvia prioridade obsessiva de Lula é a sua sucessão, com a eleição da ministra Dilma Rousseff, candidata da sua exclusiva escolha. Dois imprevistos embaçam a nitidez do seu esquema. O primeiro, o câncer linfático, tratado com sessões de quimioterapia, já concluído com sucesso e a garantia de 90% de cura e os 10% da cautela dos médicos. Dona Dilma tirou alguns dias de férias para retomar a campanha, acompanhando o presidente nas visita às obras do PAC e da construção do milhão de residências do Minha Casa Minha Vida.
E a ex-ministra do Meio Ambiente, senadora Marina Silva (AC), fundadora do PT, que se desligou do partido para ingressar no Partido Verde, com a candidatura lançada à Presidência da República, é ainda uma incógnita a ser decifrada pelas próximas pesquisas das tendências de voto.
Mas são os tropeços da rotina, mais ou menos severos. E a óbvia prioridade obsessiva de Lula é a sua sucessão, com a eleição da ministra Dilma Rousseff, candidata da sua exclusiva escolha. Dois imprevistos embaçam a nitidez do seu esquema. O primeiro, o câncer linfático, tratado com sessões de quimioterapia, já concluído com sucesso e a garantia de 90% de cura e os 10% da cautela dos médicos. Dona Dilma tirou alguns dias de férias para retomar a campanha, acompanhando o presidente nas visita às obras do PAC e da construção do milhão de residências do Minha Casa Minha Vida.
E a ex-ministra do Meio Ambiente, senadora Marina Silva (AC), fundadora do PT, que se desligou do partido para ingressar no Partido Verde, com a candidatura lançada à Presidência da República, é ainda uma incógnita a ser decifrada pelas próximas pesquisas das tendências de voto.
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