Gabriela Guerreiro
Folha Online, em Brasília
Parlamentares protestaram nesta segunda-feira contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, à sede do Legislativo brasileiro. Os deputados Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) e Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) estenderam faixas dentro do plenário da Casa com os dizeres: "Holocausto nunca mais" e "Ninguém pode apagar a história" antes do iraniano ingressar no local.
Os parlamentares também levaram para o Congresso sobreviventes da Segunda Guerra que viveram em campos de concentração nazistas. De cadeira de rodas, aos 84 anos, o presidente da Associação de Sobreviventes do Nazismo, Ben Abrahan, segurou uma das faixas contrária à presença de Ahmadinejad no Brasil.
"Passei cinco anos e meio no campo de concentração nazista. Vi as câmaras de gás e as chaminés dos crematórios expelindo fumaça preta e senti nas minhas narinas o cheiro de carne queimada. E agora vem esse homem que nega o Holocausto e é recebido como chefe de Estado pelo nosso governo do Brasil?", questionou.
Nascido na Polônia, Abrahan se naturalizou brasileiro depois da guerra. Ao lembrar do conflito, o sobrevivente disse que passou cinco anos e meio no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
Para o deputado Itagiba, a visita do presidente do Irã ao Brasil "envergonha" o povo brasileiro. "A visita do presidente do Irã causa vergonha ao Brasil porque foi o Brasil quem deu um grande passo para que existisse o Estado de Israel. Nada contra o povo iraniano porque ele também está sendo massacrado, teve suas eleições fraudadas e tem os seus direitos humanos desrespeitados", disse o parlamentar.
Além de visitar o Congresso, Ahmadinejad se reuniu nesta segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Itamaraty. Manifestantes favoráveis e contrários à visita do presidente do Irã tomaram a frente do Palácio durante reunião entre os dois chefes de Estado. Houve um pequeno tumulto entre os cerca de cem manifestantes, contidos pelos funcionários da Presidência da República. É a primeira visita de um presidente iraniano ao Brasil em cerca 50 anos.
Depois da chegada do polêmico Ahmadinejad, a polícia reforçou a segurança na região, inclusive com a presença da cavalaria. O grupo contrário à presença do presidente iraniano questiona as posições de Ahmadinejad contra os direitos dos homossexuais e das mulheres e sua rejeição ao Holocausto e a Israel. Eles portavam faixas com dizeres como "negar o Holocausto é crime" e "você acha que o programa nuclear é para fins pacíficos?".
Os favoráveis, em menor número, demonstraram apoio à política externa brasileira, contra o imperialismo e o sionismo.
Parlamentares protestaram nesta segunda-feira contra a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, à sede do Legislativo brasileiro. Os deputados Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) e Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) estenderam faixas dentro do plenário da Casa com os dizeres: "Holocausto nunca mais" e "Ninguém pode apagar a história" antes do iraniano ingressar no local.
Os parlamentares também levaram para o Congresso sobreviventes da Segunda Guerra que viveram em campos de concentração nazistas. De cadeira de rodas, aos 84 anos, o presidente da Associação de Sobreviventes do Nazismo, Ben Abrahan, segurou uma das faixas contrária à presença de Ahmadinejad no Brasil.
"Passei cinco anos e meio no campo de concentração nazista. Vi as câmaras de gás e as chaminés dos crematórios expelindo fumaça preta e senti nas minhas narinas o cheiro de carne queimada. E agora vem esse homem que nega o Holocausto e é recebido como chefe de Estado pelo nosso governo do Brasil?", questionou.
Nascido na Polônia, Abrahan se naturalizou brasileiro depois da guerra. Ao lembrar do conflito, o sobrevivente disse que passou cinco anos e meio no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
Para o deputado Itagiba, a visita do presidente do Irã ao Brasil "envergonha" o povo brasileiro. "A visita do presidente do Irã causa vergonha ao Brasil porque foi o Brasil quem deu um grande passo para que existisse o Estado de Israel. Nada contra o povo iraniano porque ele também está sendo massacrado, teve suas eleições fraudadas e tem os seus direitos humanos desrespeitados", disse o parlamentar.
Além de visitar o Congresso, Ahmadinejad se reuniu nesta segunda-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Itamaraty. Manifestantes favoráveis e contrários à visita do presidente do Irã tomaram a frente do Palácio durante reunião entre os dois chefes de Estado. Houve um pequeno tumulto entre os cerca de cem manifestantes, contidos pelos funcionários da Presidência da República. É a primeira visita de um presidente iraniano ao Brasil em cerca 50 anos.
Depois da chegada do polêmico Ahmadinejad, a polícia reforçou a segurança na região, inclusive com a presença da cavalaria. O grupo contrário à presença do presidente iraniano questiona as posições de Ahmadinejad contra os direitos dos homossexuais e das mulheres e sua rejeição ao Holocausto e a Israel. Eles portavam faixas com dizeres como "negar o Holocausto é crime" e "você acha que o programa nuclear é para fins pacíficos?".
Os favoráveis, em menor número, demonstraram apoio à política externa brasileira, contra o imperialismo e o sionismo.
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