DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Quando a cúpula do PMDB saiu do Palácio da Alvorada na noite de 20 de outubro, Lula ficou entretendo um pouco mais alguns petistas de sua confiança. Os peemedebistas tinham acabado de fechar um pré-acordo com o PT sobre a sucessão presidencial. O negócio estava fechado.
Michel Temer e José Sarney encabeçavam a tropa do PMDB naquela noite. Ao ficar a sós com seus aliados, Lula suspirou e disse algo mais ou menos assim: "A gente construiu o PT, trabalhou duro para chegar até aqui e agora vamos fazer aliança com essa gente...". Alguns palavrões frequentaram a conversa, mas o assunto morreu ali.
Um dia depois, Lula elucubrou sobre como se moldam as alianças políticas no Brasil: "Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão".
O Judas da história é o PMDB. Nesta semana, Aloizio Mercadante (PT-SP) deu uma entrevista em Recife. Fez um ultimato ao atual governador pernambucano, Eduardo Campos, do PSB, que será candidato à reeleição em 2010: ou ele apoia a petista Dilma Rousseff para o Planalto ou Lula o abandona na campanha local.
Não contente, Mercadante pontificou sobre Ciro Gomes (PSB) -que é paulista, fez carreira no Nordeste e está sendo empurrado pelo PT para a disputa ao governo de São Paulo. Para o senador, Ciro apenas "pegou o pau de arara na direção errada. Um monte de gente veio para São Paulo e ele foi para lá [Ceará]".
O petista depois consertou a fala, mas o estrago estava feito.
Há algumas semanas o PT ostenta um certo ar superior, de já ganhou. Após o Datafolha apontar Dilma isolada em segundo lugar, dirigentes petistas passaram a cravar uma vitória no primeiro turno. Autossuficiência excessiva não combina com campanhas eleitorais. Se o partido seguir nessa toada, achando-se imbatível, é real a chance de tropeçar na própria arrogância.
Quando a cúpula do PMDB saiu do Palácio da Alvorada na noite de 20 de outubro, Lula ficou entretendo um pouco mais alguns petistas de sua confiança. Os peemedebistas tinham acabado de fechar um pré-acordo com o PT sobre a sucessão presidencial. O negócio estava fechado.
Michel Temer e José Sarney encabeçavam a tropa do PMDB naquela noite. Ao ficar a sós com seus aliados, Lula suspirou e disse algo mais ou menos assim: "A gente construiu o PT, trabalhou duro para chegar até aqui e agora vamos fazer aliança com essa gente...". Alguns palavrões frequentaram a conversa, mas o assunto morreu ali.
Um dia depois, Lula elucubrou sobre como se moldam as alianças políticas no Brasil: "Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão".
O Judas da história é o PMDB. Nesta semana, Aloizio Mercadante (PT-SP) deu uma entrevista em Recife. Fez um ultimato ao atual governador pernambucano, Eduardo Campos, do PSB, que será candidato à reeleição em 2010: ou ele apoia a petista Dilma Rousseff para o Planalto ou Lula o abandona na campanha local.
Não contente, Mercadante pontificou sobre Ciro Gomes (PSB) -que é paulista, fez carreira no Nordeste e está sendo empurrado pelo PT para a disputa ao governo de São Paulo. Para o senador, Ciro apenas "pegou o pau de arara na direção errada. Um monte de gente veio para São Paulo e ele foi para lá [Ceará]".
O petista depois consertou a fala, mas o estrago estava feito.
Há algumas semanas o PT ostenta um certo ar superior, de já ganhou. Após o Datafolha apontar Dilma isolada em segundo lugar, dirigentes petistas passaram a cravar uma vitória no primeiro turno. Autossuficiência excessiva não combina com campanhas eleitorais. Se o partido seguir nessa toada, achando-se imbatível, é real a chance de tropeçar na própria arrogância.
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