DEU EM O GLOBO
Sarney e outros líderes reafirmam que presidente do partido é o escolhido
Isabel Braga
BRASÍLIA. Embora os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), minimizem publicamente a crise entre PT e PMDB, líderes e dirigentes peemedebistas ainda esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esclareça a ideia de receber uma lista tríplice com nomes do partido para escolher o vice da ministra Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. O líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e outros deputados disseram ontem que Temer é o candidato do PMDB, e que não há hipótese de o partido indicar outro.
— Esse fato deverá ser esclarecido em algum momento para que os adversários à aliança não o explorem. O PT fez um grande esforço para explicar, e o presidente Lula irá conversar com o Temer, não tenho dúvida — disse Henrique Alves: — A posição do PMDB será definida em convenção, a chance de Michel não ser o vice é a mesma de a Dilma não ser a candidata. Só se acontecer uma hecatombe.
Lula, no entanto, não parece convencido disso. Além de não ter telefonado para Temer, como a própria Dilma dissera que ele faria, o presidente evitou tratar do assunto durante encontro que teve com o presidente da Câmara, anteontem à noite, num evento público. A expectativa no PMDB era que Lula se manifestaria, de forma reservada ou publicamente, mas não o fez.
Temer preferiu minimizar o episódio, ontem, mas indicando que a escolha será do PMDB e não de Lula: — O PMDB já falou muito e mantém a mesma posição: cabe ao PMDB indicar o nome.
Diante do impasse, a orientação dos mais moderados, dos dois lados, é aproveitar o recesso parlamentar para esfriar os ânimos e só retomar o assunto ano que vem. Mantido, porém, o tom de que o PMDB não aceitará intervenção.
— Em política, não tem gesto sem consequência. Vamos deixar que o tempo esclareça — afirmou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Fiador da aliança PT-PMDB, Sarney defendeu Lula, mas reafirmou que Michel Temer é o nome mais forte: — O presidente Lula não teve intenção de interferir dentro do PMDB, até porque sabe que o PMDB é um partido que tem sua própria norma e maneira de ser.
Dentro do partido o nosso grande nome é o do presidente do partido (Temer). Todos nós vamos fazer com que essa aliança seja feita em torno dele.
— PT e PMDB vão se entender.
Esse é um assunto superado — também minimizou o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP).
Sarney e outros líderes reafirmam que presidente do partido é o escolhido
Isabel Braga
BRASÍLIA. Embora os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), minimizem publicamente a crise entre PT e PMDB, líderes e dirigentes peemedebistas ainda esperam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esclareça a ideia de receber uma lista tríplice com nomes do partido para escolher o vice da ministra Dilma Rousseff nas eleições presidenciais. O líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), e outros deputados disseram ontem que Temer é o candidato do PMDB, e que não há hipótese de o partido indicar outro.
— Esse fato deverá ser esclarecido em algum momento para que os adversários à aliança não o explorem. O PT fez um grande esforço para explicar, e o presidente Lula irá conversar com o Temer, não tenho dúvida — disse Henrique Alves: — A posição do PMDB será definida em convenção, a chance de Michel não ser o vice é a mesma de a Dilma não ser a candidata. Só se acontecer uma hecatombe.
Lula, no entanto, não parece convencido disso. Além de não ter telefonado para Temer, como a própria Dilma dissera que ele faria, o presidente evitou tratar do assunto durante encontro que teve com o presidente da Câmara, anteontem à noite, num evento público. A expectativa no PMDB era que Lula se manifestaria, de forma reservada ou publicamente, mas não o fez.
Temer preferiu minimizar o episódio, ontem, mas indicando que a escolha será do PMDB e não de Lula: — O PMDB já falou muito e mantém a mesma posição: cabe ao PMDB indicar o nome.
Diante do impasse, a orientação dos mais moderados, dos dois lados, é aproveitar o recesso parlamentar para esfriar os ânimos e só retomar o assunto ano que vem. Mantido, porém, o tom de que o PMDB não aceitará intervenção.
— Em política, não tem gesto sem consequência. Vamos deixar que o tempo esclareça — afirmou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Fiador da aliança PT-PMDB, Sarney defendeu Lula, mas reafirmou que Michel Temer é o nome mais forte: — O presidente Lula não teve intenção de interferir dentro do PMDB, até porque sabe que o PMDB é um partido que tem sua própria norma e maneira de ser.
Dentro do partido o nosso grande nome é o do presidente do partido (Temer). Todos nós vamos fazer com que essa aliança seja feita em torno dele.
— PT e PMDB vão se entender.
Esse é um assunto superado — também minimizou o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP).
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