DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Negativa de governador, que alegou compromisso, era aguardada com expectativa por ala próxima de Serra
Christiane Samarco
O governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, comunicou ontem ao Palácio do Planalto que não recepcionará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Juiz de Fora, na terça-feira. Depois que a ministra da Casa Civil e candidata petista a presidente, Dilma Rousseff, anunciou a intenção de fazer um "roteiro sentimental" em Minas, Aécio temeu ser envolvido em um evento da campanha presidencial petista.
Cauteloso, o governador aproveitou compromissos pré-agendados para o dia 19, em Belo Horizonte, e tratou de explicar logo ao presidente Lula as razões formais de sua ausência. A negativa de Aécio era aguardada com grande expectativa pelo grupo mais próximo do governador de São Paulo e candidato tucano a presidente, José Serra.
ADVERSÁRIA
Na avaliação dos serristas, Aécio deixa claro ao Planalto que pode até fazer a corte a Lula, na condição de governador anfitrião do presidente da República, mas que não está disposto a cortejar a adversária do PSDB na corrida sucessória.
Constam da agenda presidencial dois eventos em Juiz de Fora. Às 16 horas, haverá uma visita a uma usina termelétrica que passará a operar a álcool. Em seguida, o presidente vai inaugurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), espécie de posto de saúde mais bem equipado, para atendimento aos casos urgentes de maior complexidade.
O presidente vai desfilar ainda ao lado de sua candidata na inauguração da barragem Setúbal, em Jenipapo, e na inauguração de um centro tecnológico em Araçuaí.
Dirigentes tucanos chamam a atenção para a "fotografia" que o giro da candidata petista em Minas vai produzir. Frisam que a imagem será bem diferente daquela registrada por fotógrafos de todos os jornais e revistas em outubro do ano passado, quando Lula e Dilma fizeram um roteiro pelo São Francisco, visitando as obras da transposição do rio.
O desconforto do tucanato foi grande, diante de um Aécio sorridente , abraçado a Dilma e ao lado de Lula e do pré-candidato do PSB a presidente, deputado Ciro Gomes (CE).
PRIMEIRO SINAL
Um expoente do grupo serrista entende que o gesto do governador do segundo maior colégio eleitoral do País é "importantíssimo". Este é o primeiro sinal da boa vontade do mineiro para com o "ex-adversário" paulista, desde meados de dezembro, quando Aécio anunciou que estava desistindo da candidatura presidencial para disputar uma vaga no Senado.
Os tucanos estão convencidos de que a andança de Lula e Dilma em Minas não passa de campanha eleitoral. Por isso, ontem foi dia de comemoração para os serristas que veem na ausência de Aécio mais do que um "boicote" à movimentação da candidata petista. Partidários de Serra entendem que o gesto revela a sintonia entre os dois maiores expoentes do PSDB, na medida em que o comunicado de Aécio ao Planalto foi feito no mesmo dia em que o governador de São Paulo assumiu publicamente, em entrevista ao Estado, sua condição de candidato tucano a presidente.
Negativa de governador, que alegou compromisso, era aguardada com expectativa por ala próxima de Serra
Christiane Samarco
O governador tucano de Minas Gerais, Aécio Neves, comunicou ontem ao Palácio do Planalto que não recepcionará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Juiz de Fora, na terça-feira. Depois que a ministra da Casa Civil e candidata petista a presidente, Dilma Rousseff, anunciou a intenção de fazer um "roteiro sentimental" em Minas, Aécio temeu ser envolvido em um evento da campanha presidencial petista.
Cauteloso, o governador aproveitou compromissos pré-agendados para o dia 19, em Belo Horizonte, e tratou de explicar logo ao presidente Lula as razões formais de sua ausência. A negativa de Aécio era aguardada com grande expectativa pelo grupo mais próximo do governador de São Paulo e candidato tucano a presidente, José Serra.
ADVERSÁRIA
Na avaliação dos serristas, Aécio deixa claro ao Planalto que pode até fazer a corte a Lula, na condição de governador anfitrião do presidente da República, mas que não está disposto a cortejar a adversária do PSDB na corrida sucessória.
Constam da agenda presidencial dois eventos em Juiz de Fora. Às 16 horas, haverá uma visita a uma usina termelétrica que passará a operar a álcool. Em seguida, o presidente vai inaugurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), espécie de posto de saúde mais bem equipado, para atendimento aos casos urgentes de maior complexidade.
O presidente vai desfilar ainda ao lado de sua candidata na inauguração da barragem Setúbal, em Jenipapo, e na inauguração de um centro tecnológico em Araçuaí.
Dirigentes tucanos chamam a atenção para a "fotografia" que o giro da candidata petista em Minas vai produzir. Frisam que a imagem será bem diferente daquela registrada por fotógrafos de todos os jornais e revistas em outubro do ano passado, quando Lula e Dilma fizeram um roteiro pelo São Francisco, visitando as obras da transposição do rio.
O desconforto do tucanato foi grande, diante de um Aécio sorridente , abraçado a Dilma e ao lado de Lula e do pré-candidato do PSB a presidente, deputado Ciro Gomes (CE).
PRIMEIRO SINAL
Um expoente do grupo serrista entende que o gesto do governador do segundo maior colégio eleitoral do País é "importantíssimo". Este é o primeiro sinal da boa vontade do mineiro para com o "ex-adversário" paulista, desde meados de dezembro, quando Aécio anunciou que estava desistindo da candidatura presidencial para disputar uma vaga no Senado.
Os tucanos estão convencidos de que a andança de Lula e Dilma em Minas não passa de campanha eleitoral. Por isso, ontem foi dia de comemoração para os serristas que veem na ausência de Aécio mais do que um "boicote" à movimentação da candidata petista. Partidários de Serra entendem que o gesto revela a sintonia entre os dois maiores expoentes do PSDB, na medida em que o comunicado de Aécio ao Planalto foi feito no mesmo dia em que o governador de São Paulo assumiu publicamente, em entrevista ao Estado, sua condição de candidato tucano a presidente.
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