DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Nos últimos dias, governador se reuniu com os prefeitos de Curitiba e Teresina e com lideranças estaduais
Julia Duailibi
Discretamente, e cedendo a pressões do próprio partido, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), aumentou as articulações para montagem dos palanques tucanos que darão sustentação à candidatura à Presidência. Numa espécie de sabatina, recebeu nos últimos dias quatro pré-candidatos tucanos aos governos estaduais. Somente nesta semana, reuniu-se com os prefeitos de Curitiba e de Teresina para tratar dos palanques no Paraná e no Piauí. Na semana passada, encontrou as principais lideranças tucanas em Alagoas e no Pará.
Anteontem, Serra despediu-se da cantora Madonna e recebeu, logo em seguida, o prefeito de Curitiba, Beto Richa. Os dois se reuniram no gabinete, no Palácio dos Bandeirantes, para discutir o palanque tucano no Paraná, um dos Estados onde está o maior nó para o PSDB.
Além de ter dois pré-candidatos ao governo - Richa e o senador Álvaro Dias -, o partido trabalha para conseguir, pelo menos, a neutralidade do senador Osmar Dias (PDT), pré-candidato cortejado pelo PT para dar palanque à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O encontro entre Serra e Richa, no entanto, consolidou a tendência de lançar o prefeito candidato.
A entrada de Serra na montagem dos palanques estaduais é uma demanda dos aliados, para quem se tornou essencial a participação dele, de modo mais incisivo, nas negociações. O raciocínio é que o governador não precisa dizer oficialmente que é candidato, mas pode ajudar a amarrar as articulações regionais, dando mais peso aos acordos. Os tucanos usam como argumento o fato de o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva participar ativamente da montagem dos palanques de Dilma, que, lembram, também ainda não disse ser candidata.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), minimiza as pressões dos aliados e disse que Serra "está fazendo o que deve fazer". "Ele tem se encontrado com lideranças de vários Estados", afirmou.
O encontro entre Serra e Richa serviu para calibrar o discurso de união no Paraná a fim de evitar que uma decisão favorável ao prefeito leve a um racha interno. Antes de ir a São Paulo, Richa se encontrou com o presidente do partido e com Álvaro Dias em Brasília. Os três debateram as questões da candidatura no Estado, mas só Richa acabou seguindo para o Palácio dos Bandeirantes expor pessoalmente os fatos ao governador Serra. No encontro de quarta, foi ponderada a situação do diretório estadual, que estaria fechado com o prefeito de Curitiba - reunião no próximo dia 22 deve chancelar essa posição. "Passei o quadro real. Mas a decisão é deles, em São Paulo", rebateu Álvaro Dias.
Depois de receber Richa, Serra reuniu-se no mesmo dia com o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes. Pré-candidato ao governo do Piauí, o prefeito trabalha para costurar uma aliança de oposição, formada por PSDB, DEM e PPS, com o objetivo de enfrentar o candidato PT, do governador Wellington Dias.
"O palanque forte não é um projeto do Serra, mas é um projeto para o País", afirmou o prefeito. "O governador tem acompanhado os fatos. Mas São Paulo precisa da presença dele", completou Sílvio Mendes.
OUTROS ESTADOS
Na semana passada, Serra encontrou-se com o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, pré-candidato do PSDB à reeleição. Na quarta-feira, esteve com o pré-candidato ao governo do Pará, Simão Jatene, e o senador Flexa Ribeiro - duas das principais lideranças tucanas no Estado. Conversou com os dois sobre a questão regional, onde há dificuldade de composição entre o PT, da governadora Ana Júlia Carepa, e o PMDB, de Jader Barbalho. Os tucanos trabalham para amarrar o PMDB na chapa do PSDB, que já está fechado com o PPS - Jatene também conversou com Serra sobre a pauta ambiental para a eleição deste ano.
Nos últimos dias, governador se reuniu com os prefeitos de Curitiba e Teresina e com lideranças estaduais
Julia Duailibi
Discretamente, e cedendo a pressões do próprio partido, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), aumentou as articulações para montagem dos palanques tucanos que darão sustentação à candidatura à Presidência. Numa espécie de sabatina, recebeu nos últimos dias quatro pré-candidatos tucanos aos governos estaduais. Somente nesta semana, reuniu-se com os prefeitos de Curitiba e de Teresina para tratar dos palanques no Paraná e no Piauí. Na semana passada, encontrou as principais lideranças tucanas em Alagoas e no Pará.
Anteontem, Serra despediu-se da cantora Madonna e recebeu, logo em seguida, o prefeito de Curitiba, Beto Richa. Os dois se reuniram no gabinete, no Palácio dos Bandeirantes, para discutir o palanque tucano no Paraná, um dos Estados onde está o maior nó para o PSDB.
Além de ter dois pré-candidatos ao governo - Richa e o senador Álvaro Dias -, o partido trabalha para conseguir, pelo menos, a neutralidade do senador Osmar Dias (PDT), pré-candidato cortejado pelo PT para dar palanque à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O encontro entre Serra e Richa, no entanto, consolidou a tendência de lançar o prefeito candidato.
A entrada de Serra na montagem dos palanques estaduais é uma demanda dos aliados, para quem se tornou essencial a participação dele, de modo mais incisivo, nas negociações. O raciocínio é que o governador não precisa dizer oficialmente que é candidato, mas pode ajudar a amarrar as articulações regionais, dando mais peso aos acordos. Os tucanos usam como argumento o fato de o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva participar ativamente da montagem dos palanques de Dilma, que, lembram, também ainda não disse ser candidata.
O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), minimiza as pressões dos aliados e disse que Serra "está fazendo o que deve fazer". "Ele tem se encontrado com lideranças de vários Estados", afirmou.
O encontro entre Serra e Richa serviu para calibrar o discurso de união no Paraná a fim de evitar que uma decisão favorável ao prefeito leve a um racha interno. Antes de ir a São Paulo, Richa se encontrou com o presidente do partido e com Álvaro Dias em Brasília. Os três debateram as questões da candidatura no Estado, mas só Richa acabou seguindo para o Palácio dos Bandeirantes expor pessoalmente os fatos ao governador Serra. No encontro de quarta, foi ponderada a situação do diretório estadual, que estaria fechado com o prefeito de Curitiba - reunião no próximo dia 22 deve chancelar essa posição. "Passei o quadro real. Mas a decisão é deles, em São Paulo", rebateu Álvaro Dias.
Depois de receber Richa, Serra reuniu-se no mesmo dia com o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes. Pré-candidato ao governo do Piauí, o prefeito trabalha para costurar uma aliança de oposição, formada por PSDB, DEM e PPS, com o objetivo de enfrentar o candidato PT, do governador Wellington Dias.
"O palanque forte não é um projeto do Serra, mas é um projeto para o País", afirmou o prefeito. "O governador tem acompanhado os fatos. Mas São Paulo precisa da presença dele", completou Sílvio Mendes.
OUTROS ESTADOS
Na semana passada, Serra encontrou-se com o governador de Alagoas, Teotônio Vilela, pré-candidato do PSDB à reeleição. Na quarta-feira, esteve com o pré-candidato ao governo do Pará, Simão Jatene, e o senador Flexa Ribeiro - duas das principais lideranças tucanas no Estado. Conversou com os dois sobre a questão regional, onde há dificuldade de composição entre o PT, da governadora Ana Júlia Carepa, e o PMDB, de Jader Barbalho. Os tucanos trabalham para amarrar o PMDB na chapa do PSDB, que já está fechado com o PPS - Jatene também conversou com Serra sobre a pauta ambiental para a eleição deste ano.
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