quinta-feira, 22 de abril de 2010

Líderes se distanciam, indica média móvel:: José Roberto de Toledo

DEU EM O ESTADO DE S. PAULO

Levantamento com base nas três últimas pesquisas mostra que tucano amplia vantagem sobre petista

Atualizada pela inclusão da mais recente pesquisa Ibope, a média móvel das pesquisas de intenção de voto mostra um pequeno crescimento da vantagem de José Serra (PSDB) sobre Dilma Rousseff (PT). A diferença média entre ambos, que chegou a ser de 4,1 pontos há duas semanas, é agora de 5,8 pontos.

Mais importante do que os valores é a trajetória das curvas de intenção de voto média de cada um dos pré-candidatos à Presidência. A inclusão da pesquisa Ibope confirmou uma mudança que havia sido iniciada pela pesquisa anterior, do Datafolha: as curvas de Serra e Dilma pararam de se aproximar e, lentamente, estão se distanciando.

Isso não significa necessariamente que a vantagem de Serra tende a aumentar. A média mostra o passado, não projeta o futuro. Mas indica que a transfusão da popularidade do presidente Lula para sua candidata será mais difícil do que muitos aliados da ex-ministra chegaram a supor quando ela começou a se aproximar do tucano.

Duas das três pesquisas que integram o cálculo desta média móvel foram feitas após a festa de lançamento da pré-candidatura de Serra, o que pode ter influenciado o seu resultado.

Na parte de baixo do gráfico, a média móvel mostra que a intenção de voto de Ciro Gomes (PSB) continua em queda, com sua curva descendente se encontrando com a de Marina Silva (PV), que vem no sentido contrário. Mantida essa tendência, a senadora pode vir a ultrapassar o deputado cearense.

Como sempre, o cálculo desta média levou em conta as três pesquisas mais recentes divulgadas: Ibope (cujo campo terminou no dia 19 de abril), Datafolha (fim do campo no dia 16) e Sensus (9 de abril). Esta última havia dado um empate técnico entre Serra e Dilma, apontando uma tendência contraditória com dois outros institutos.

Essa é uma das vantagens da média das pesquisas: eliminar as oscilações bruscas dos porcentuais entre os institutos. A média móvel das pesquisas eleitorais é uma técnica usada há anos nos EUA e na Europa para detectar tendências mais permanentes do eleitorado.

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