DEU EM O GLOBO
Flávio Freire e Tatiana Farah
Dilma fala de tortura e Serra diz que Aécio o ajudará como candidato ao Senado
SÃO PAULO. Dias depois de o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), dizer que o PAC é uma lista de obras inacabadas, sua adversária na corrida à Presidência, Dilma Rousseff (PT), rebateu os ataques com ironia. Entrevistada por uma hora e meia no programa “Brasil Urgente”, da TV Bandeirantes, disse que algumas obras inauguradas por Serra antes de deixar o governo foram entregues à população com dinheiro do PAC.
— Fizemos parcerias com o governo de São Paulo nas obras do Rodoanel, nas favelas de Heliópolis e Paraisópolis e nas represas Billings e Guarapiranga.
Essas parcerias são do PAC, então como o PAC não existe? — disse ela, que, em seguida, descartou a ideia de que é uma mulher brava e Serra, bonzinho.
— Nem sou tão brava como se diz nem ninguém é tão bonzinho como parece .
Evitando confronto pessoal, Dilma preferiu a diplomacia: — Eu e o Serra temos uma trajetória de respeito. A diferença é que ele representa um projeto e eu, outro.
Nervosa, falou da época em que foi torturada pela ditadura, no início dos anos 70. Lembrou que foi vítima de sessões de choque e pau de arara. Mas afirmou que olha para a frente.
— Ter mágoa é se amargurar.
Não tenho ressentimento.
Serra deu entrevista ao telejornal do SBT. Fez críticas ao MST e disse que a organização é alimentada pelo dinheiro público.
Questionado sobre como agiria com invasões de terra caso fosse eleito, o tucano afirmou que esse era assunto do Poder Judiciário. E seguiu: — O MST vive de dinheiro governamental.
Eu acho que a reforma agrária para o MST hoje é um pretexto. Trata-se de um movimento político, com finalidades políticas. Usam a reforma agrária como pretexto.
O ex-governador disse que quem quer a reforma agrária “para valer” é ele: — Quero a reforma agrária para valer, que é gente produzindo melhor, cada vez mais.
Serra praticamente descartou a possibilidade de o ex-governador Aécio Neves, de Minas, ocupar a vaga de vice-presidente na chapa tucana.
— O Aécio é carta dentro do baralho no que é mais importante: travarmos a batalha eleitoral juntos, ele em Minas, como candidato a senador, como homem público que terminou o governo muito bem avaliado, e eu candidato a presidente, que serei a partir de junho.
Flávio Freire e Tatiana Farah
Dilma fala de tortura e Serra diz que Aécio o ajudará como candidato ao Senado
SÃO PAULO. Dias depois de o ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), dizer que o PAC é uma lista de obras inacabadas, sua adversária na corrida à Presidência, Dilma Rousseff (PT), rebateu os ataques com ironia. Entrevistada por uma hora e meia no programa “Brasil Urgente”, da TV Bandeirantes, disse que algumas obras inauguradas por Serra antes de deixar o governo foram entregues à população com dinheiro do PAC.
— Fizemos parcerias com o governo de São Paulo nas obras do Rodoanel, nas favelas de Heliópolis e Paraisópolis e nas represas Billings e Guarapiranga.
Essas parcerias são do PAC, então como o PAC não existe? — disse ela, que, em seguida, descartou a ideia de que é uma mulher brava e Serra, bonzinho.
— Nem sou tão brava como se diz nem ninguém é tão bonzinho como parece .
Evitando confronto pessoal, Dilma preferiu a diplomacia: — Eu e o Serra temos uma trajetória de respeito. A diferença é que ele representa um projeto e eu, outro.
Nervosa, falou da época em que foi torturada pela ditadura, no início dos anos 70. Lembrou que foi vítima de sessões de choque e pau de arara. Mas afirmou que olha para a frente.
— Ter mágoa é se amargurar.
Não tenho ressentimento.
Serra deu entrevista ao telejornal do SBT. Fez críticas ao MST e disse que a organização é alimentada pelo dinheiro público.
Questionado sobre como agiria com invasões de terra caso fosse eleito, o tucano afirmou que esse era assunto do Poder Judiciário. E seguiu: — O MST vive de dinheiro governamental.
Eu acho que a reforma agrária para o MST hoje é um pretexto. Trata-se de um movimento político, com finalidades políticas. Usam a reforma agrária como pretexto.
O ex-governador disse que quem quer a reforma agrária “para valer” é ele: — Quero a reforma agrária para valer, que é gente produzindo melhor, cada vez mais.
Serra praticamente descartou a possibilidade de o ex-governador Aécio Neves, de Minas, ocupar a vaga de vice-presidente na chapa tucana.
— O Aécio é carta dentro do baralho no que é mais importante: travarmos a batalha eleitoral juntos, ele em Minas, como candidato a senador, como homem público que terminou o governo muito bem avaliado, e eu candidato a presidente, que serei a partir de junho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário