DEU EM O GLOBO
Emissão de títulos para injetar recursos no banco fez débito crescer 1,85% em maio
Martha Beck
BRASÍLIA. Uma emissão de R$ 5,8 bilhões em títulos para completar a capitalização do BNDES foi um dos principais responsáveis pelo aumento da dívida pública federal em maio. O estoque teve crescimento de 1,85% e atingiu R$ 1,614 trilhão. Segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, as emissões líquidas do mês somaram R$ 10,29 bilhões. Houve ainda uma incorporação de juros no valor de R$ 19,05 bilhões.
O Tesouro já havia colocado no mercado R$ 74,2 bilhões em abril para capitalizar o BNDES.
Com a operação de maio, o banco de fomento já recebeu um total de R$ 80 bilhões.
Além de ter crescido, a dívida ficou mais cara para o governo.
Seu custo médio acumulado em 12 meses subiu de 9,55% ao ano, em abril, para 10,42% ao ano, em maio. Isso se deve, principalmente, à elevação dos índices de preços, que corrigem 27,23% do estoque. Já o prazo médio de vencimento da dívida ficou menor, passando de 3,57 anos para 3,51 anos entre abril e maio.
Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, o apetite dos investidores estrangeiros pelos papéis brasileiros aumentou. Esse grupo respondia por 8,63% (R$ 126,4 bilhões) do estoque da dívida mobiliária federal interna em abril. Em maio, subiu para 8,95% (R$ 133 bilhões).
Maior participação na série histórica do Tesouro Essa foi a maior participação já registrada na série histórica do Tesouro, iniciada em janeiro de 2006. O percentual, porém, está longe daquele do Leste da Europa, por exemplo, que chega a 30%.
— Podemos atribuir esse resultado à solidez da economia brasileira. O Brasil tem grau de investimento, e os títulos do país têm permanecido estáveis em relação aos de outras economias, mesmo durante turbulências — disse Garrido.
O coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida, Otávio Ladeira, disse que a tendência é que seja mantida a trajetória de aumento da participação dos estrangeiros na dívida pública.
Emissão de títulos para injetar recursos no banco fez débito crescer 1,85% em maio
Martha Beck
BRASÍLIA. Uma emissão de R$ 5,8 bilhões em títulos para completar a capitalização do BNDES foi um dos principais responsáveis pelo aumento da dívida pública federal em maio. O estoque teve crescimento de 1,85% e atingiu R$ 1,614 trilhão. Segundo dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, as emissões líquidas do mês somaram R$ 10,29 bilhões. Houve ainda uma incorporação de juros no valor de R$ 19,05 bilhões.
O Tesouro já havia colocado no mercado R$ 74,2 bilhões em abril para capitalizar o BNDES.
Com a operação de maio, o banco de fomento já recebeu um total de R$ 80 bilhões.
Além de ter crescido, a dívida ficou mais cara para o governo.
Seu custo médio acumulado em 12 meses subiu de 9,55% ao ano, em abril, para 10,42% ao ano, em maio. Isso se deve, principalmente, à elevação dos índices de preços, que corrigem 27,23% do estoque. Já o prazo médio de vencimento da dívida ficou menor, passando de 3,57 anos para 3,51 anos entre abril e maio.
Segundo o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, o apetite dos investidores estrangeiros pelos papéis brasileiros aumentou. Esse grupo respondia por 8,63% (R$ 126,4 bilhões) do estoque da dívida mobiliária federal interna em abril. Em maio, subiu para 8,95% (R$ 133 bilhões).
Maior participação na série histórica do Tesouro Essa foi a maior participação já registrada na série histórica do Tesouro, iniciada em janeiro de 2006. O percentual, porém, está longe daquele do Leste da Europa, por exemplo, que chega a 30%.
— Podemos atribuir esse resultado à solidez da economia brasileira. O Brasil tem grau de investimento, e os títulos do país têm permanecido estáveis em relação aos de outras economias, mesmo durante turbulências — disse Garrido.
O coordenador-geral de Planejamento Estratégico da Dívida, Otávio Ladeira, disse que a tendência é que seja mantida a trajetória de aumento da participação dos estrangeiros na dívida pública.
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