DEU EM O GLOBO
"Eu não sou candidato da oposição, eu sou o candidato do "pode mais", do "dá pra fazer".
(José Serra, do PSDB)
"Eu não sou candidato da oposição, eu sou o candidato do "pode mais", do "dá pra fazer".
(José Serra, do PSDB)
Pesquisas de intenção de voto, concluídas na mesma semana, podem apresentar resultados tão díspares como foi o caso das divulgadas pelos institutos Vox Populi e Datafolha na última sexta-feira e no sábado? O Vox deu Dilma Rousseff com 41% contra 33% de José Serra. O Datafolha deu Serra com 37% contra 36% de Dilma. Esquisito, não é mesmo?
Pode ser. Mas não significa necessariamente que uma das pesquisas esteja errada. A do Vox foi aplicada entre os dias 17 e 20. A do Datafolha entre 21 e 23. O Vox entrevistou 3 mil eleitores em todo o País. O Datafolha, 10.905, a maioria deles em oito Estados. Margem de erro da pesquisa Vox: 1,8% para mais ou para menos. Da pesquisa Datafolha: 2%.
Apliquemos no extremo as margens de erro das duas pesquisas, arredondando a do Vox de 1,8% para 2%. Assim, Dilma poderia ter no Vox 39% (dois pontos a menos) e Serra, 35% (dois pontos a mais). No Datafolha ela teria 38% (dois pontos a mais) e Serra, 35% (dois pontos a menos). Os resultados dos dois institutos ficariam quase iguais. Com Dilma na frente em ambos.
Partidários de candidatos costumam festejar percentuais. Ligam menos para o que de fato importa nas pesquisas ou no conjunto delas. No caso do Vox: pesquisa anterior de 29 de junho apontou Dilma com 40% das intenções de voto contra 35% de Serra. Pesquisa Datafolha de 2 de julho mostrou Serra com 39% contra 37% de Dilma. Ou seja: a situação dos dois candidatos pouco mudou no período de quase um mês.
No Vox, Dilma veio de 40% (em junho) para 41%, e Serra de 35% para 33%. No Datafolha, Dilma saiu de 37% (no início de julho) para 36%, e Serra, de 39% para 37%. Fala, Marcos Coimbra, presidente do Vox: Levando-se em conta as mais recentes pesquisas Ibope, Vox e Datafolha, Serra parou de cair e Dilma de crescer. É uma boa notícia para Serra.
O principal objetivo dele é chegar empatado com Dilma no próximo dia 17 quando começa no rádio e na televisão a temporada de propaganda eleitoral. Por ser boa para Serra, a notícia é ruim para Dilma, que pretendia ultrapassá-lo antes do dia 17. Não é impossível que consiga. Há mais dados favoráveis a ela do que a Serra na pesquisa Datafolha. Na simulação de segundo turno, Dilma aparece um ponto à frente de Serra.
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado diz em quem pretende votar sem ver a lista de candidatos, Dilma derrota Serra por 21% a 16%. Há 4% de eleitores que afirmam querer votar em Lula, 3% no candidato do Lula e 1% no candidato do PT. A rejeição a Dilma é menor (19% a 26%). A crença na vitória dela, maior. E seus eleitores mais fieis.
O Datafolha apurou as intenções de voto para governador em oito Estados. E ao fazê-lo descobriu que foi infrutífero o esforço do PSDB para montar ali palanques que fortaleçam Serra. Em Minas Gerais, Rio, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco, Serra tem mais votos para presidente do que os candidatos que o apoiam têm para os governos. Em São Paulo e no Distrito Federal tem menos.
Serra só faltou suplicar de joelhos para que Jarbas Vasconcelos (PMDB) fosse candidato pela quarta vez ao governo de Pernambuco. Por ora, Jarbas tem pouco menos da metade do índice de intenção de votos do governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição. Situação parecida existe na Bahia. Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, tratora seu adversário Paulo Souto (DEM).
Para crescerem, tais candidatos precisarão se agarrar com Serra e não Serra com eles. Como sempre Minas é um caso à parte. Serra tem mais que o dobro da intenção de votos de Antonio Anastásia (PSDB). Mas Aécio Neves (PSDB) tem para o Senado o dobro da intenção de votos de Serra. Se quiser, pode-se dar ao luxo de cacifar Anastásia deixando Serra meio de lado.
Em seis dos oito Estados, Dilma tem menos de votos do que seus aliados para os governos. Tanto melhor para ela que espera ser catapultada por eles.
Pode ser. Mas não significa necessariamente que uma das pesquisas esteja errada. A do Vox foi aplicada entre os dias 17 e 20. A do Datafolha entre 21 e 23. O Vox entrevistou 3 mil eleitores em todo o País. O Datafolha, 10.905, a maioria deles em oito Estados. Margem de erro da pesquisa Vox: 1,8% para mais ou para menos. Da pesquisa Datafolha: 2%.
Apliquemos no extremo as margens de erro das duas pesquisas, arredondando a do Vox de 1,8% para 2%. Assim, Dilma poderia ter no Vox 39% (dois pontos a menos) e Serra, 35% (dois pontos a mais). No Datafolha ela teria 38% (dois pontos a mais) e Serra, 35% (dois pontos a menos). Os resultados dos dois institutos ficariam quase iguais. Com Dilma na frente em ambos.
Partidários de candidatos costumam festejar percentuais. Ligam menos para o que de fato importa nas pesquisas ou no conjunto delas. No caso do Vox: pesquisa anterior de 29 de junho apontou Dilma com 40% das intenções de voto contra 35% de Serra. Pesquisa Datafolha de 2 de julho mostrou Serra com 39% contra 37% de Dilma. Ou seja: a situação dos dois candidatos pouco mudou no período de quase um mês.
No Vox, Dilma veio de 40% (em junho) para 41%, e Serra de 35% para 33%. No Datafolha, Dilma saiu de 37% (no início de julho) para 36%, e Serra, de 39% para 37%. Fala, Marcos Coimbra, presidente do Vox: Levando-se em conta as mais recentes pesquisas Ibope, Vox e Datafolha, Serra parou de cair e Dilma de crescer. É uma boa notícia para Serra.
O principal objetivo dele é chegar empatado com Dilma no próximo dia 17 quando começa no rádio e na televisão a temporada de propaganda eleitoral. Por ser boa para Serra, a notícia é ruim para Dilma, que pretendia ultrapassá-lo antes do dia 17. Não é impossível que consiga. Há mais dados favoráveis a ela do que a Serra na pesquisa Datafolha. Na simulação de segundo turno, Dilma aparece um ponto à frente de Serra.
Na pesquisa espontânea, quando o entrevistado diz em quem pretende votar sem ver a lista de candidatos, Dilma derrota Serra por 21% a 16%. Há 4% de eleitores que afirmam querer votar em Lula, 3% no candidato do Lula e 1% no candidato do PT. A rejeição a Dilma é menor (19% a 26%). A crença na vitória dela, maior. E seus eleitores mais fieis.
O Datafolha apurou as intenções de voto para governador em oito Estados. E ao fazê-lo descobriu que foi infrutífero o esforço do PSDB para montar ali palanques que fortaleçam Serra. Em Minas Gerais, Rio, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia e Pernambuco, Serra tem mais votos para presidente do que os candidatos que o apoiam têm para os governos. Em São Paulo e no Distrito Federal tem menos.
Serra só faltou suplicar de joelhos para que Jarbas Vasconcelos (PMDB) fosse candidato pela quarta vez ao governo de Pernambuco. Por ora, Jarbas tem pouco menos da metade do índice de intenção de votos do governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição. Situação parecida existe na Bahia. Jaques Wagner (PT), candidato à reeleição, tratora seu adversário Paulo Souto (DEM).
Para crescerem, tais candidatos precisarão se agarrar com Serra e não Serra com eles. Como sempre Minas é um caso à parte. Serra tem mais que o dobro da intenção de votos de Antonio Anastásia (PSDB). Mas Aécio Neves (PSDB) tem para o Senado o dobro da intenção de votos de Serra. Se quiser, pode-se dar ao luxo de cacifar Anastásia deixando Serra meio de lado.
Em seis dos oito Estados, Dilma tem menos de votos do que seus aliados para os governos. Tanto melhor para ela que espera ser catapultada por eles.
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