DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Acusada de participar da violação do sigilo fiscal do dirigente tucano Eduardo Jorge, a funcionária da Receita Federal Adeildda Ferreira dos Santos declarou à Folha que colegas na agência de Mauá tinham acesso livre ao seu terminal.
Santos afirmou ter cometido apenas um erro: "Como servidora, deveria ter sido mais cuidadosa".
Senha era socializada, diz servidora do fisco
Acusada pela violação de sigilo de tucanos, Adeildda Santos diz que colegas tinham acesso livre a seu terminal
Funcionária da Receita Federal diz que cometeu apenas um erro: "Como servidora, deveria ter sido mais cuidadosa"
Andréa Michael
DE SÃO PAULO
Acusada de participar da violação do sigilo fiscal do dirigente tucano Eduardo Jorge, a funcionária da Receita Federal Adeildda Ferreira dos Santos declarou à Folha que colegas na agência de Mauá tinham acesso livre ao seu terminal.
Santos afirmou ter cometido apenas um erro: "Como servidora, deveria ter sido mais cuidadosa".
Senha era socializada, diz servidora do fisco
Acusada pela violação de sigilo de tucanos, Adeildda Santos diz que colegas tinham acesso livre a seu terminal
Funcionária da Receita Federal diz que cometeu apenas um erro: "Como servidora, deveria ter sido mais cuidadosa"
Andréa Michael
DE SÃO PAULO
Responsável pelo computador no qual foram acessadas ilegalmente declarações de renda do dirigente tucano Eduardo Jorge e de outros integrantes do PSDB, Adeildda Ferreira dos Santos negou ontem em entrevista exclusiva à Folha responsabilidade na violação dos dados. Ela afirma que colegas da agência de Mauá (SP) da Receita usavam o seu computador e que a senha de acesso ao sistema era "socializada". E diz que cometeu um erro. "Como servidora, deveria ter sido mais cuidadosa". Adeildda afirmou que o terminal pode ter sido usado por alguém com má-fé.
Folha - Como é sua rotina de trabalho em Mauá?
Adeildda Ferreira dos Santos - Estou em Mauá desde 2007. Eu protocolava pedidos de retificação de declarações de renda, respondia memorandos e ofícios judiciais, e muitas vezes precisava da senha da Antonia Neves Silva para fazer isso.
Folha - Que serviço fazia a servidora Ana Maria Cano?
A mesma coisa que eu. Ela até pedia para usar a minha máquina. Dizia que estava com problemas e não conseguia entrar no sistema pela [máquina] dela.
Houve aumento de pedidos de acesso a dados sigilosos?
Houve. Outros funcionários, além da Antonia, também pediam: o Júlio [Bertoldo], a própria Ana Maria... O máximo que já fiz de uma vez, pelo me me lembro assim, foram uns 20. Mas eu nunca olhava nomes, porque era subordinada. Não conheço esse Eduardo Jorge.
A sra. sabe de alguma suposta venda de dados sigilosos?
Nunca ouvi nada.
A sra. acha que errou?
Não errei porque não acessei o sigilo de ninguém. Mas reconheço que, como servidora, deveria ter sido mais cuidadosa. Às vezes eu ia ao banco e deixava o meu terminal aberto. Outros dias eu chegava para trabalhar e a máquina já estava ligada. Todo mundo sabia que eu deixava minha senha anotada numa caderneta sobre a minha mesa. A senha do meu terminal era socializada, na verdade, era usada por todo mundo que quisesse, mas eu nunca pensei que fossem usar com má-fé.
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