DEU EM O GLOBO
PT e campanha de Dilma, porém, reconhecem urgência da reforma
Para evitar prejuízos eleitorais, o Planalto tenta esvaziar o debate sobre a provável reforma da Previdência no eventual governo da petista Dilma Rousseff. Assessores do governo e parlamentares do PT reconhecem que a reforma da Previdência é urgente e terá que ser encarada pelo futuro presidente. Oficialmente, porém, o governo e a campanha petista negaram qualquer discussão interna sobre o assunto.
"Essa proposta existe há muito tempo e continua em estudo, mas não faz parte do programa de governo da Dilma. Só vamos discutir isso depois da manifestação das urnas", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra. A reforma prevê mudanças nas regras de aposentadoria.
Lula agora prioriza eleição de bancada forte no Congresso
Preocupação maior é com o Senado, onde maioria do governo é frágil
Maria Lima
BRASÍLIA. Confiante que a candidata petista, Dilma Rousseff, vencerá no primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está centrando fogo para ampliar ao máximo a base governista no Congresso, principalmente no Senado. Nos últimos comícios ao lado de Dilma no Nordeste, Lula fez discursos emocionados, pedindo aos eleitores e políticos locais que elejam candidatos a deputado e a senador da base aliada.
Lula disse que não deseja que Dilma sinta na pele o que ele sofreu no Senado. Em 2005, disse, a oposição tentou derrubá-lo, no auge da crise do mensalão. Também lembrou o fim da CPMF, que rendia aos cofres públicos cerca de R$ 40 bilhões por ano.
Na última sexta-feira, em Recife, ele afirmou que o eleitor tem o compromisso de reeleger o governador Eduardo Campos (PSB) e deputados aliados para que não venha nenhum picareta lhe criar dificuldade.
É importante votar nos deputados federais para ajudar a companheira Dilma, porque não tem nada pior que você precisar de voto e algumas pessoas ficarem te chantageando. Portanto, é importante votar nos companheiros dos partidos que estão apoiando Dilma pediu Lula.
Ao falar das dificuldades que teve, diante da sua frágil maioria no Senado, Lula disse que, após sair da a Presidência, andará pelo país para avaliar a construção de uma organização política: Uma organização política em que a gente junte todos os partidos aliados e crie uma coisa muito forte, para nunca mais permitir que um presidente sofra o que sofri em 2005, com um Senado que quase tenta derrubar o presidente da República.
Partidos pequenos e médios querem ampliar bloquinho Segundo o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o partido pode eleger cerca de cem deputados, talvez superando a bancada do PMDB. No Senado, a previsão é que o PT faça dez senadores e o PMDB, cerca de 20.
Para se contrapor à força dessas duas maiores bancadas, os partidos pequenos e médios da base podem se juntar e transformar e aumentar o atual bloquinho (PSB-PDT-PCdoB).
O PT já espera por isso.
Independente da minha vontade, acho que partidos como o PSB/PDT/PCdoB/PRB e outros vão ampliar o bloquinho. A tendência é se aglutinarem, para não ficar com uma perna a menos diante do fortalecimento das bancadas do PT e PMDB.
Acho que o PT pode sair mais forte das urnas do que o PMDB.
A diferença pode ser de cinco a seis deputados para um lado ou outro disse Dutra.
O líder do PTB no Senado, Gim Argelo (DF), diz que a ampliação do bloquinho será discutida após a eleição.
Vamos discutir esse negócio de formação de blocos na hora certa. Daqui a 30 dias vamos saber a força que cada um vai sair das urnas. O PTB no Senado deverá continuar como o fiel da balança.
Do outro lado, o candidato ao Senado e ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) tem pregado a necessidade de aproximação de PSDB e DEM com dissidências de partidos governistas.
O objetivo seria formar um bloco em defesa de uma agenda de Estado.
PT e campanha de Dilma, porém, reconhecem urgência da reforma
Para evitar prejuízos eleitorais, o Planalto tenta esvaziar o debate sobre a provável reforma da Previdência no eventual governo da petista Dilma Rousseff. Assessores do governo e parlamentares do PT reconhecem que a reforma da Previdência é urgente e terá que ser encarada pelo futuro presidente. Oficialmente, porém, o governo e a campanha petista negaram qualquer discussão interna sobre o assunto.
"Essa proposta existe há muito tempo e continua em estudo, mas não faz parte do programa de governo da Dilma. Só vamos discutir isso depois da manifestação das urnas", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra. A reforma prevê mudanças nas regras de aposentadoria.
Lula agora prioriza eleição de bancada forte no Congresso
Preocupação maior é com o Senado, onde maioria do governo é frágil
Maria Lima
BRASÍLIA. Confiante que a candidata petista, Dilma Rousseff, vencerá no primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está centrando fogo para ampliar ao máximo a base governista no Congresso, principalmente no Senado. Nos últimos comícios ao lado de Dilma no Nordeste, Lula fez discursos emocionados, pedindo aos eleitores e políticos locais que elejam candidatos a deputado e a senador da base aliada.
Lula disse que não deseja que Dilma sinta na pele o que ele sofreu no Senado. Em 2005, disse, a oposição tentou derrubá-lo, no auge da crise do mensalão. Também lembrou o fim da CPMF, que rendia aos cofres públicos cerca de R$ 40 bilhões por ano.
Na última sexta-feira, em Recife, ele afirmou que o eleitor tem o compromisso de reeleger o governador Eduardo Campos (PSB) e deputados aliados para que não venha nenhum picareta lhe criar dificuldade.
É importante votar nos deputados federais para ajudar a companheira Dilma, porque não tem nada pior que você precisar de voto e algumas pessoas ficarem te chantageando. Portanto, é importante votar nos companheiros dos partidos que estão apoiando Dilma pediu Lula.
Ao falar das dificuldades que teve, diante da sua frágil maioria no Senado, Lula disse que, após sair da a Presidência, andará pelo país para avaliar a construção de uma organização política: Uma organização política em que a gente junte todos os partidos aliados e crie uma coisa muito forte, para nunca mais permitir que um presidente sofra o que sofri em 2005, com um Senado que quase tenta derrubar o presidente da República.
Partidos pequenos e médios querem ampliar bloquinho Segundo o presidente do PT, José Eduardo Dutra, o partido pode eleger cerca de cem deputados, talvez superando a bancada do PMDB. No Senado, a previsão é que o PT faça dez senadores e o PMDB, cerca de 20.
Para se contrapor à força dessas duas maiores bancadas, os partidos pequenos e médios da base podem se juntar e transformar e aumentar o atual bloquinho (PSB-PDT-PCdoB).
O PT já espera por isso.
Independente da minha vontade, acho que partidos como o PSB/PDT/PCdoB/PRB e outros vão ampliar o bloquinho. A tendência é se aglutinarem, para não ficar com uma perna a menos diante do fortalecimento das bancadas do PT e PMDB.
Acho que o PT pode sair mais forte das urnas do que o PMDB.
A diferença pode ser de cinco a seis deputados para um lado ou outro disse Dutra.
O líder do PTB no Senado, Gim Argelo (DF), diz que a ampliação do bloquinho será discutida após a eleição.
Vamos discutir esse negócio de formação de blocos na hora certa. Daqui a 30 dias vamos saber a força que cada um vai sair das urnas. O PTB no Senado deverá continuar como o fiel da balança.
Do outro lado, o candidato ao Senado e ex-governador Aécio Neves (PSDB-MG) tem pregado a necessidade de aproximação de PSDB e DEM com dissidências de partidos governistas.
O objetivo seria formar um bloco em defesa de uma agenda de Estado.
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