DEU EM O GLOBO
Para Henrique Eduardo Alves, se Dilma for eleita, vitória será de todos os partidos coligados, não só do PT
Maria Lima
BRASÍLIA. Para integrantes da cúpula do PMDB, além de atrapalharem o processo eleitoral, ainda não decidido, as previsões do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu sobre o maior peso do PT num eventual governo Dilma Rousseff não devem se concretizar, porque a possível vitória será de todos os partidos. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse ontem que todos os partidos que integram a coligação terão peso igual na vitória que, lembrou, ainda precisa ser confirmada em 3 de outubro.
Em palestra a petroleiros na Bahia na segunda-feira, Dirceu avaliou que, se eleita, Dilma daria maior espaço ao PT, mais do que foi dado pelo presidente Lula em seus oito anos de mandato.
Esse tipo de declaração (de Dirceu) atrapalha e muito.
Porque todos os partidos, não só o PT ou o PMDB, estão trabalhando igualmente para construir essa vitória. Se a vitória acontecer, será de todos, cada partido tem o seu exército.
Todos nós vamos comemorar juntos e trabalhar juntos no governo Dilma, que será partilhado por todos que estão nesse esforço solidário para vencer no 1oturno reagiu Henrique Eduardo Alves, cotado para disputar a presidência da Câmara no lugar de Michel Temer (PMDB), vice na chapa de Dilma.
O líder peemedebista diz que apesar de Temer e outras lideranças do partido não estarem aparecendo de forma sistemática ao lado de Dilma, como outros coordenadores petistas, o vice está numa missão especialíssima, percorrendo os estados onde há dissidência no PMDB para aparar arestas.
O PMDB se sente igual a todos os partidos da coligação que vai eleger Dilma, nem mais nem menos. O Michel está viajando o país inteiro buscando os votos do PMDB onde esses votos são difíceis. Está fazendo quase uma campanha paralela disse Henrique Alves.
Um dos coordenadores do programa de governo da campanha, o peemedebista Moreira Franco diz que divisão de poder no futuro governo não está na agenda do PMDB. Afirma que Dirceu reconheceu a importância do PMDB na coligação, ao atribuir ao partido a razão da vitória de Dilma.
Falar de governo agora é completamente extemporâneo e impróprio. Nós, do PMDB, não falamos sobre o futuro governo, pois precisamos primeiro ganhar a eleição. Não falamos sobre quem terá mais ou menos peso no governo. Todo nosso esforço é para ganhar no primeiro turno disse.
Na mesma linha, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) diz que a discussão sobre quem tem maior ou menor peso no futuro governo fica para depois da eleição.
Não tem nada ganho ainda.
O resto é presepada. Não queremos saber de presepada.
Qualquer um que ficar discutindo isso antes da eleição, não está contribuindo, está atrapalhando disse Eduardo Cunha.
Política e cultura, segundo uma opção democrática, constitucionalista, reformista, plural.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Líder do PMDB: fala de Dirceu atrapalha
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