DEU EM O GLOBO
Citando decisão do TSE contra entidade de SP, tucano critica ainda o Enem e recebe carta-compromisso do setor
Flávio Freire
SÃO PAULO. Em evento ao lado de educadores, em São Paulo, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez ontem severas críticas à política educacional do governo federal, chegando a classificar de frouxo o sistema usado para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo Serra, que chegou a cantar “parabéns para você” acompanhado por cerca de 500 profissionais da área, há corporativismo e aparelhamento da educação no país, a ponto de instituições atuarem como “instrumento partidário”. O tucano referiase à Apeoesp, que representa os professores de São Paulo: — Nosso compromisso com educação não é de momento.
Temos de buscar valorização e aperfeiçoamento da área. Há hoje corporativismo e aparelhamento da educação, a ponto de o TSE condenara Apeoesp por usar o movimento para fins eleitorais e como instrumento partidário
“A utilização política acabou arruinando o Enem” Após um discurso em que disse que os alunos que tiveram seus cadastros violados no Enem estão reféns dos “bandidos e chantagistas” que tiveram acesso às provas, Serra partiu para o ataque: — A utilização política propagandista acabou arruinando o Enem, fazendo com que o Enem vire um problema para jovens que tiveram seus dados devassados.
Já não se fala nem no uso eleitoral disso, de correspondência enviada com os dados cadastrais do Enem. O governo foi frouxo nesse trabalho.
Serra disse ainda que o PT pôs o ensino privado no circuito do ensino público: — Eles trocaram vagas do ensino privado para o ensino público através do ProUni. Vou manter o ProUni, mas fico pensando, se esse programa tivesse sido implantado pelo Paulo Renato (ex-ministro da Educação no governo Fernando Henrique), o que eles já teriam feito.
Serra disse que o número de formandos em universidades federais caiu, mas a campanha de Dilma Rousseff alardeia ações na área como satisfatórias: — No mundo da saliva que eles têm, parece até que tem uma tsunami na área pública federal, mas não é o que está acontecendo.
O evento reuniu numa casa de shows na Barra Funda cerca de 500 professores da área de educação, a maioria representando diretórios regionais do setor. Sobre o fato de uma parte do professorado não o apoiar, Serra declarou: — Não dá para ser unânime.
Em seu segundo encontro com professores ontem, Serra recebeu, em Londrina, a cartacompromisso elaborada por 25 entidades e movimentos nacionais ligados à educação. O mesmo documento foi entregue, em São Paulo, à candidata do PT, Dilma Rousseff. Ele disse apoiar as propostas listadas no manifesto, como ampliação do financiamento da educação e valorização dos professores: — Este documento que me foi entregue, as propostas e compromissos, é como se eu tivesse feito. É exatamente o que penso — disse. — Precisamos de um plano nacional, que a educação seja uma obsessão nacional. Não pode ficar presa a partidos e entidades sociais.
Citando decisão do TSE contra entidade de SP, tucano critica ainda o Enem e recebe carta-compromisso do setor
Flávio Freire
SÃO PAULO. Em evento ao lado de educadores, em São Paulo, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, fez ontem severas críticas à política educacional do governo federal, chegando a classificar de frouxo o sistema usado para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo Serra, que chegou a cantar “parabéns para você” acompanhado por cerca de 500 profissionais da área, há corporativismo e aparelhamento da educação no país, a ponto de instituições atuarem como “instrumento partidário”. O tucano referiase à Apeoesp, que representa os professores de São Paulo: — Nosso compromisso com educação não é de momento.
Temos de buscar valorização e aperfeiçoamento da área. Há hoje corporativismo e aparelhamento da educação, a ponto de o TSE condenara Apeoesp por usar o movimento para fins eleitorais e como instrumento partidário
“A utilização política acabou arruinando o Enem” Após um discurso em que disse que os alunos que tiveram seus cadastros violados no Enem estão reféns dos “bandidos e chantagistas” que tiveram acesso às provas, Serra partiu para o ataque: — A utilização política propagandista acabou arruinando o Enem, fazendo com que o Enem vire um problema para jovens que tiveram seus dados devassados.
Já não se fala nem no uso eleitoral disso, de correspondência enviada com os dados cadastrais do Enem. O governo foi frouxo nesse trabalho.
Serra disse ainda que o PT pôs o ensino privado no circuito do ensino público: — Eles trocaram vagas do ensino privado para o ensino público através do ProUni. Vou manter o ProUni, mas fico pensando, se esse programa tivesse sido implantado pelo Paulo Renato (ex-ministro da Educação no governo Fernando Henrique), o que eles já teriam feito.
Serra disse que o número de formandos em universidades federais caiu, mas a campanha de Dilma Rousseff alardeia ações na área como satisfatórias: — No mundo da saliva que eles têm, parece até que tem uma tsunami na área pública federal, mas não é o que está acontecendo.
O evento reuniu numa casa de shows na Barra Funda cerca de 500 professores da área de educação, a maioria representando diretórios regionais do setor. Sobre o fato de uma parte do professorado não o apoiar, Serra declarou: — Não dá para ser unânime.
Em seu segundo encontro com professores ontem, Serra recebeu, em Londrina, a cartacompromisso elaborada por 25 entidades e movimentos nacionais ligados à educação. O mesmo documento foi entregue, em São Paulo, à candidata do PT, Dilma Rousseff. Ele disse apoiar as propostas listadas no manifesto, como ampliação do financiamento da educação e valorização dos professores: — Este documento que me foi entregue, as propostas e compromissos, é como se eu tivesse feito. É exatamente o que penso — disse. — Precisamos de um plano nacional, que a educação seja uma obsessão nacional. Não pode ficar presa a partidos e entidades sociais.
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