DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Candidata petista passou de 40% para 36% entre os não pentecostais, enquanto Serra variou de 48% para 50%
Maior variação ocorreu entre os eleitores que não têm religião: Dilma caiu de 51% para 45%, e Serra foi de 35% a 40%
DE BRASÍLIA - Ao se observar o comportamento dos eleitores divididos por grupos religiosos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, sofreu sua maior baixa entre os evangélicos não pentecostais. Ela desliza de 40% para 36%, de acordo com pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem.
Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, a oscilação da petista ficou dentro desse limite máximo. Na pesquisa anterior, ela poderia ter no mínimo 38%. Na atual, chegaria a esse patamar no limite positivo da margem.
Os evangélicos não pentecostais são 6,3% dos eleitores brasileiros.
Nesse grupo, José Serra (PSDB) registrou uma variação positiva, também dentro da margem de erro, indo de 48% para 50%.
Os temas religiosos dominaram esse início de campanha no segundo turno, sobretudo com relação às propostas dos candidatos sobre a descriminalização do aborto. Ambos, Dilma e Serra, afirmam ser contrários a alterar a lei atual.
Apesar do predomínio desse assunto nas propagandas de rádio e de TV, todas as variações em grupos religiosos ficaram dentro ou muito próximas à margem de erro.
Curiosamente, a maior variação se deu entre os eleitores que declaram não ter religião (5,8% do total do país).
Nesse segmento, Dilma desceu seis pontos, de 51% para 45%. Já Serra subiu cinco pontos, de 35% pra 40%.
MARINEIROS
Outra forma de aferir como se deram as pequenas variações nos percentuais de Dilma e de Serra nesta primeira semana de campanha para o segundo turno é observar o comportamento dos eleitores de Marina Silva (PV). Ela está fora da disputa por ter ficado em terceiro lugar.
Entre aqueles que votaram em Marina no primeiro turno e agora assistiram à propaganda política na TV, só 38% dizem que o comercial de Dilma Rousseff é ótimo ou bom. Já o programa de Serra é considerado ótimo ou bom por 52% dos marineiros.
A influência da candidata verde surge agora maior do que seu percentual de votos (19,3%). Segundo o Datafolha, 25% dos eleitores poderiam votar em alguém indicado por Marina. Mas para 55% esse apoio seria inócuo. E há também 15% que rejeitaram esse tipo de recomendação.
ELITE
Algumas oscilações positivas de Dilma se deram em grupos nos quais Serra em geral tem melhor desempenho. Por exemplo, entre os eleitores de nível de escolaridade superior (14% do total do país), a petista variou dois pontos, de 36% para 38%. Já Serra viu seu percentual ir de 50% para 47%.
Entre os eleitores com renda média mensal de mais de dez salários mínimos (4,4% do total dos brasileiros), a petista subiu cinco pontos, de 33% para 38%. Serra desceu de 58% para 53%.
Os mais escolarizados e de renda superior são os grupos nos quais Marina Silva começou sua ascensão no primeiro turno. (FERNANDO RODRIGUES)
Candidata petista passou de 40% para 36% entre os não pentecostais, enquanto Serra variou de 48% para 50%
Maior variação ocorreu entre os eleitores que não têm religião: Dilma caiu de 51% para 45%, e Serra foi de 35% a 40%
DE BRASÍLIA - Ao se observar o comportamento dos eleitores divididos por grupos religiosos, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, sofreu sua maior baixa entre os evangélicos não pentecostais. Ela desliza de 40% para 36%, de acordo com pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem.
Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, a oscilação da petista ficou dentro desse limite máximo. Na pesquisa anterior, ela poderia ter no mínimo 38%. Na atual, chegaria a esse patamar no limite positivo da margem.
Os evangélicos não pentecostais são 6,3% dos eleitores brasileiros.
Nesse grupo, José Serra (PSDB) registrou uma variação positiva, também dentro da margem de erro, indo de 48% para 50%.
Os temas religiosos dominaram esse início de campanha no segundo turno, sobretudo com relação às propostas dos candidatos sobre a descriminalização do aborto. Ambos, Dilma e Serra, afirmam ser contrários a alterar a lei atual.
Apesar do predomínio desse assunto nas propagandas de rádio e de TV, todas as variações em grupos religiosos ficaram dentro ou muito próximas à margem de erro.
Curiosamente, a maior variação se deu entre os eleitores que declaram não ter religião (5,8% do total do país).
Nesse segmento, Dilma desceu seis pontos, de 51% para 45%. Já Serra subiu cinco pontos, de 35% pra 40%.
MARINEIROS
Outra forma de aferir como se deram as pequenas variações nos percentuais de Dilma e de Serra nesta primeira semana de campanha para o segundo turno é observar o comportamento dos eleitores de Marina Silva (PV). Ela está fora da disputa por ter ficado em terceiro lugar.
Entre aqueles que votaram em Marina no primeiro turno e agora assistiram à propaganda política na TV, só 38% dizem que o comercial de Dilma Rousseff é ótimo ou bom. Já o programa de Serra é considerado ótimo ou bom por 52% dos marineiros.
A influência da candidata verde surge agora maior do que seu percentual de votos (19,3%). Segundo o Datafolha, 25% dos eleitores poderiam votar em alguém indicado por Marina. Mas para 55% esse apoio seria inócuo. E há também 15% que rejeitaram esse tipo de recomendação.
ELITE
Algumas oscilações positivas de Dilma se deram em grupos nos quais Serra em geral tem melhor desempenho. Por exemplo, entre os eleitores de nível de escolaridade superior (14% do total do país), a petista variou dois pontos, de 36% para 38%. Já Serra viu seu percentual ir de 50% para 47%.
Entre os eleitores com renda média mensal de mais de dez salários mínimos (4,4% do total dos brasileiros), a petista subiu cinco pontos, de 33% para 38%. Serra desceu de 58% para 53%.
Os mais escolarizados e de renda superior são os grupos nos quais Marina Silva começou sua ascensão no primeiro turno. (FERNANDO RODRIGUES)
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