DEU NA FOLHA DE S. PAULO
SÃO PAULO - As imagens das bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro hasteadas no alto do Complexo do Alemão simbolizavam, ontem, a vitória das forças policiais e militares sobre o tráfico naquele território. Sim. Mas eram, também, imagens para consumo da mídia -nacional e sobretudo a internacional.
Estão em jogo, neste momento, a competência do país para sediar a Copa de 2014 e a do Rio para receber a Olimpíada em 2016.
Na sexta, o "Le Monde" dizia: "Violência acirra as dúvidas sobre a capacidade de o Brasil organizar a Copa e os Jogos". O "The Guardian" foi mais direto: "O Brasil está tentando limpar a cidade à beira-mar antes da Copa e dos Jogos Olímpicos". Nada como um jornal britânico para nos dizer as coisas...
Com tudo o mais atrasado, a "limpeza à beira-mar" talvez seja a primeira obra de infraestrutura do país a fim de viabilizá-lo aos interesses bilionários envolvidos nos jogos esportivos globais.
Ninguém seria louco de dizer que se trata, desta vez, de uma limpeza cosmética, para inglês ver. Nunca as forças repressivas do Estado haviam enfrentado os traficantes com tanta determinação e força organizada. Organizada demais para quem foi apanhado de surpresa.
Há coisas ainda muito mal esclarecidas nisso tudo. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse anteontem que não havia nenhum indício de que a ordem para incendiar a cidade havia partido de dentro dos presídios de segurança máxima. Isso, no entanto, vem sendo repetido como fato inconteste.
Outro exemplo é o do suposto bilhetinho deixado como recado num dos ônibus incendiados: "Com UPP não há Olimpíada". Você acredita que um traficante escreveria isso?
Seria muito impatriótico perguntar a quem interessaria o pânico que se instalou no Rio? E estranhar que isso tenha ocorrido logo após as eleições? São dúvidas e desconfianças que fariam bem ao jornalismo que não deve favores a Sérgio Cabral e busca a verdade.
SÃO PAULO - As imagens das bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro hasteadas no alto do Complexo do Alemão simbolizavam, ontem, a vitória das forças policiais e militares sobre o tráfico naquele território. Sim. Mas eram, também, imagens para consumo da mídia -nacional e sobretudo a internacional.
Estão em jogo, neste momento, a competência do país para sediar a Copa de 2014 e a do Rio para receber a Olimpíada em 2016.
Na sexta, o "Le Monde" dizia: "Violência acirra as dúvidas sobre a capacidade de o Brasil organizar a Copa e os Jogos". O "The Guardian" foi mais direto: "O Brasil está tentando limpar a cidade à beira-mar antes da Copa e dos Jogos Olímpicos". Nada como um jornal britânico para nos dizer as coisas...
Com tudo o mais atrasado, a "limpeza à beira-mar" talvez seja a primeira obra de infraestrutura do país a fim de viabilizá-lo aos interesses bilionários envolvidos nos jogos esportivos globais.
Ninguém seria louco de dizer que se trata, desta vez, de uma limpeza cosmética, para inglês ver. Nunca as forças repressivas do Estado haviam enfrentado os traficantes com tanta determinação e força organizada. Organizada demais para quem foi apanhado de surpresa.
Há coisas ainda muito mal esclarecidas nisso tudo. O ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, disse anteontem que não havia nenhum indício de que a ordem para incendiar a cidade havia partido de dentro dos presídios de segurança máxima. Isso, no entanto, vem sendo repetido como fato inconteste.
Outro exemplo é o do suposto bilhetinho deixado como recado num dos ônibus incendiados: "Com UPP não há Olimpíada". Você acredita que um traficante escreveria isso?
Seria muito impatriótico perguntar a quem interessaria o pânico que se instalou no Rio? E estranhar que isso tenha ocorrido logo após as eleições? São dúvidas e desconfianças que fariam bem ao jornalismo que não deve favores a Sérgio Cabral e busca a verdade.
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