DEU NO ESTADO DE MINAS
Anúncio de que parte dos deputados peemedebistas eleitos pretende integrar a base aliada do governador Anastasia na Assembleia provoca reações contrárias no partido
Isabella Souto
O PMDB mineiro vive mais uma crise interna. A causa, desta vez, é o anúncio de que alguns dos oito deputados estaduais eleitos poderão integrar a base aliada do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) a partir de fevereiro do ano que vem. Atualmente, os peemedebistas formam um grupo independente. Nas últimas eleições, fizeram oposição ao tucano, com o lançamento da candidatura do senador Hélio Costa para o Palácio da Liberdade. Já há manifestações na legenda contra a proposta de mudança na postura do grupo.
O primeiro a reclamar foi Hélio Costa, que, em seu twitter, postou: “O ‘líder’ do PMDB na Assembleia/MG não vê incoerência no apoio ao governo. Ele não apoiou o candidato do seu partido. Prova que é coerente.” O presidente do PMDB mineiro, deputado federal Antônio Andrade, disse que, institucionalmente, a legenda continua na oposição. “A bancada é um segmento do partido. E é meio esquisito, até mesquinho, se oferecer para ser situação. Se os deputados foram fiéis a Hélio Costa nas eleições, não poderiam agora apoiar Anastasia”, reclamou.
Antônio Andrade afirmou ainda que não vai discutir internamente qualquer tipo de punição aos “infiéis”, mas lamentou a declaração do líder da atual bancada, Vanderlei Miranda, de que os deputados estariam “conjugando o verbo eleição no passado”. Os deputados estaduais terão um encontro com o governador Antonio Anastasia na semana que vem para discutir um possível apoio da legenda, a convite do próprio tucano, segundo informou Miranda na quinta-feira.
O deputado Antônio Júlio já avisou que não vai participar da reunião e que continuará no grupo de oposição “independente, construtiva e responsável”. “Os deputados do PMDB têm liberdade de caminhar com quem quiserem. Eu não vou ficar na base de governo, porque não sou um homem de duas caras”, argumentou. Segundo ele, o partido está rachado desde antes das eleições, quando Adalclever Lopes e Antonio Andrade disputaram a presidência da legenda, após a morte do então presidente Fernando Diniz, em julho do ano passado.
Embora tenha feito campanha para Hélio Costa nas eleições de outubro, o deputado Ivair Nogueira admitiu a possibilidade de migrar para o grupo da situação. “Não podemos ser oposição por oposição; isso é burrice”, justificou. Ele lembrou que uma ala do PMDB chegou a apoiar Anastasia na disputa pelo governo de Minas Gerais e, portanto, não seria nenhum constrangimento o partido integrar a base aliada. No entanto, ressaltou que é preciso discutir o assunto também com a direção da legenda no estado.
Até então um dos maiores críticos do governo Aécio Neves (PSDB) na Assembleia Legislativa, o deputado Sávio Souza Cruz não descarta a possibilidade de integrar o grupo da situação, mas também ressaltou a importância de debater o assunto com a direção do PMDB. “Uma discussão como essa não deve ficar restrita à bancada”, argumentou. Segundo ele, embora Vanderlei Miranda tenha anunciado a nova postura do partido, o assunto não chegou a ser discutido entre os integrantes da bancada, e a decisão não será assim “tão simples.
Anúncio de que parte dos deputados peemedebistas eleitos pretende integrar a base aliada do governador Anastasia na Assembleia provoca reações contrárias no partido
Isabella Souto
O PMDB mineiro vive mais uma crise interna. A causa, desta vez, é o anúncio de que alguns dos oito deputados estaduais eleitos poderão integrar a base aliada do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) a partir de fevereiro do ano que vem. Atualmente, os peemedebistas formam um grupo independente. Nas últimas eleições, fizeram oposição ao tucano, com o lançamento da candidatura do senador Hélio Costa para o Palácio da Liberdade. Já há manifestações na legenda contra a proposta de mudança na postura do grupo.
O primeiro a reclamar foi Hélio Costa, que, em seu twitter, postou: “O ‘líder’ do PMDB na Assembleia/MG não vê incoerência no apoio ao governo. Ele não apoiou o candidato do seu partido. Prova que é coerente.” O presidente do PMDB mineiro, deputado federal Antônio Andrade, disse que, institucionalmente, a legenda continua na oposição. “A bancada é um segmento do partido. E é meio esquisito, até mesquinho, se oferecer para ser situação. Se os deputados foram fiéis a Hélio Costa nas eleições, não poderiam agora apoiar Anastasia”, reclamou.
Antônio Andrade afirmou ainda que não vai discutir internamente qualquer tipo de punição aos “infiéis”, mas lamentou a declaração do líder da atual bancada, Vanderlei Miranda, de que os deputados estariam “conjugando o verbo eleição no passado”. Os deputados estaduais terão um encontro com o governador Antonio Anastasia na semana que vem para discutir um possível apoio da legenda, a convite do próprio tucano, segundo informou Miranda na quinta-feira.
O deputado Antônio Júlio já avisou que não vai participar da reunião e que continuará no grupo de oposição “independente, construtiva e responsável”. “Os deputados do PMDB têm liberdade de caminhar com quem quiserem. Eu não vou ficar na base de governo, porque não sou um homem de duas caras”, argumentou. Segundo ele, o partido está rachado desde antes das eleições, quando Adalclever Lopes e Antonio Andrade disputaram a presidência da legenda, após a morte do então presidente Fernando Diniz, em julho do ano passado.
Embora tenha feito campanha para Hélio Costa nas eleições de outubro, o deputado Ivair Nogueira admitiu a possibilidade de migrar para o grupo da situação. “Não podemos ser oposição por oposição; isso é burrice”, justificou. Ele lembrou que uma ala do PMDB chegou a apoiar Anastasia na disputa pelo governo de Minas Gerais e, portanto, não seria nenhum constrangimento o partido integrar a base aliada. No entanto, ressaltou que é preciso discutir o assunto também com a direção da legenda no estado.
Até então um dos maiores críticos do governo Aécio Neves (PSDB) na Assembleia Legislativa, o deputado Sávio Souza Cruz não descarta a possibilidade de integrar o grupo da situação, mas também ressaltou a importância de debater o assunto com a direção do PMDB. “Uma discussão como essa não deve ficar restrita à bancada”, argumentou. Segundo ele, embora Vanderlei Miranda tenha anunciado a nova postura do partido, o assunto não chegou a ser discutido entre os integrantes da bancada, e a decisão não será assim “tão simples.
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