DEU NA FOLHA DE S. PAULO
BRASÍLIA - Enquanto Lula dava entrevista a blogueiros engajados e o Rio registrava ontem 33 veículos incendiados e 21 mortos só nesta semana, a jornalista americana Roxana Saberi contava a um punhado de pessoas na Câmara como foi presa e humilhada por cem dias no Irã, reclamando a força emergente do Brasil para cobrar liberdade e os direitos civis no país.
"Quando você não tem voz, como é importante que falem por você!", implorou, emocionada.
Pela Constituição, artigo 4º, as relações internacionais são regidas por dez princípios. O segundo é a "prevalência dos direitos humanos". Com o Irã, porém, a política "ativa e altiva" passa longe disso.
Lula arranha a bela imagem internacional do Brasil ao comparar as manifestações contra o regime Ahmadinejad a "chororô de time derrotado" e ao permitir que o Brasil continue teimosamente se abstendo nos foros de direitos humanos, inclusive no caso iraniano.
Roxana queria ser recebida por Lula, que estava com os seus blogueiros, ou, quem sabe, pelo Itamaraty, ocupado com o ministro de Negócios Estrangeiros de uma outra ditadura, a do Sudão. Contentou-se com o Congresso e com o assessor internacional, Marco Aurélio Garcia. Ela insiste em que o Brasil reveja seu voto covarde quando o Irã voltar ao banco dos réus em dezembro. Parece perda de tempo.
A palestra de Roxana foi na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, tradicionalmente comandada pelo PT. Mas nenhum parlamentar do partido foi ouvi-la, e o próprio presidente, o petista Luiz Couto, só chegou no final. O único deputado era Chico Alencar (PSOL).
OK. Todos tinham mais o que fazer, mas, se o governo não está nem aí para as vítimas do Irã, o Congresso tem de se unir à opinião pública brasileira no grito internacional pelas liberdades e pela segurança individual e coletiva no Irã. Como no Sudão e em todos os demais regimes de força. Sem esquecer a guerra no Rio, evidentemente.
BRASÍLIA - Enquanto Lula dava entrevista a blogueiros engajados e o Rio registrava ontem 33 veículos incendiados e 21 mortos só nesta semana, a jornalista americana Roxana Saberi contava a um punhado de pessoas na Câmara como foi presa e humilhada por cem dias no Irã, reclamando a força emergente do Brasil para cobrar liberdade e os direitos civis no país.
"Quando você não tem voz, como é importante que falem por você!", implorou, emocionada.
Pela Constituição, artigo 4º, as relações internacionais são regidas por dez princípios. O segundo é a "prevalência dos direitos humanos". Com o Irã, porém, a política "ativa e altiva" passa longe disso.
Lula arranha a bela imagem internacional do Brasil ao comparar as manifestações contra o regime Ahmadinejad a "chororô de time derrotado" e ao permitir que o Brasil continue teimosamente se abstendo nos foros de direitos humanos, inclusive no caso iraniano.
Roxana queria ser recebida por Lula, que estava com os seus blogueiros, ou, quem sabe, pelo Itamaraty, ocupado com o ministro de Negócios Estrangeiros de uma outra ditadura, a do Sudão. Contentou-se com o Congresso e com o assessor internacional, Marco Aurélio Garcia. Ela insiste em que o Brasil reveja seu voto covarde quando o Irã voltar ao banco dos réus em dezembro. Parece perda de tempo.
A palestra de Roxana foi na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, tradicionalmente comandada pelo PT. Mas nenhum parlamentar do partido foi ouvi-la, e o próprio presidente, o petista Luiz Couto, só chegou no final. O único deputado era Chico Alencar (PSOL).
OK. Todos tinham mais o que fazer, mas, se o governo não está nem aí para as vítimas do Irã, o Congresso tem de se unir à opinião pública brasileira no grito internacional pelas liberdades e pela segurança individual e coletiva no Irã. Como no Sudão e em todos os demais regimes de força. Sem esquecer a guerra no Rio, evidentemente.
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