FONTE: http://chargistaclaudio.zip.net/
Líderes do Democratas acusam o governo de esvaziar a oposição com a ajuda de Kassab
Marcelo de Moraes / BRASÍLIA e Alfredo Junqueira / RIO
O comando nacional do DEM acusou ontem o governo de estar por trás da "segunda onda" de assédio sobre políticos do partido. Além do Rio, um dos principais focos dessa nova leva de desfiliações, a legenda teme baixas em Estados como Goiás e Maranhão.
Em Brasília, depois da primeira reunião da nova Comissão Executiva Nacional, o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que o Palácio do Planalto está pressionando governadores e parlamentares de vários partidos para acompanharem o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, no projeto de formação do PSD (Partido Social Democrático). "O Planalto está atuando pessoalmente. É uma luta desigual", criticou.
Segundo a cúpula do DEM, o governo está pressionando não só políticos do partido, como a deputada Nice Lobão (MA), mulher do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), como de outras legendas. Os dirigentes citam os casos do governador Omar Aziz (AM) e do senador Sérgio Petecão (AC), ambos do PMN, e do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB).
Por essa avaliação, o plano do governo seria inflar o PSD para fortalecer a nova legenda e, com isso, balançar a resistência dos integrantes do DEM que hesitaram em migrar para o futuro partido de Kassab.
Regionais. Outro fator que tem provocado a segunda onda são as insatisfações regionais. Em vários Estados, políticos têm aproveitado para reivindicar espaço nos diretórios locais. Foi o caso do ex-deputado Indio da Costa (RJ), candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra.
Reivindicando a candidatura à Prefeitura do Rio em 2012, Indio teve a pretensão negada pelo ex-prefeito Cesar Maia e pelo deputado Rodrigo Maia, que controlam o partido no Estado. Sem espaço, Indio preferiu se desfiliar e, embora diga não ter pressa para definir sua futura sigla, deve acompanhar Kassab no PSD.
A ex-deputada Solange Amaral também deixou o DEM, após mais de 10 anos de aliança com Cesar Maia, assim como o ex-presidente do diretório municipal, Paulo Cerri, que anunciou ontem sua saída. Eles também criticam os Maias. "Meu sentimento é que ele (Cesar) não lidera mais, está impondo", disse Solange. O ex-prefeito nega qualquer intervenção no diretório do Rio e minimiza a debandada. "Sempre é bom ocorrer ajustes após eleições", afirmou, por e-mail.
Situação parecida ocorre em Goiás. O deputado Vilmar Rocha cobra mais espaço no diretório local, controlado pelo deputado Ronaldo Caiado. Vilmar também deve ir para o PSD.
Na Bahia, o aval do Planalto à criação do PSD foi mais visível. O governador Jaques Wagner (PT) foi ao lançamento do manifesto do novo partido e incentivou seu vice, Otto Alencar, a trocar o PP pelo PSD. Dois deputados do DEM - Paulo Magalhães e Fernando Torres - estão de malas prontas para a futura sigla.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
Líderes do Democratas acusam o governo de esvaziar a oposição com a ajuda de Kassab
Marcelo de Moraes / BRASÍLIA e Alfredo Junqueira / RIO
O comando nacional do DEM acusou ontem o governo de estar por trás da "segunda onda" de assédio sobre políticos do partido. Além do Rio, um dos principais focos dessa nova leva de desfiliações, a legenda teme baixas em Estados como Goiás e Maranhão.
Em Brasília, depois da primeira reunião da nova Comissão Executiva Nacional, o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), disse que o Palácio do Planalto está pressionando governadores e parlamentares de vários partidos para acompanharem o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, no projeto de formação do PSD (Partido Social Democrático). "O Planalto está atuando pessoalmente. É uma luta desigual", criticou.
Segundo a cúpula do DEM, o governo está pressionando não só políticos do partido, como a deputada Nice Lobão (MA), mulher do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), como de outras legendas. Os dirigentes citam os casos do governador Omar Aziz (AM) e do senador Sérgio Petecão (AC), ambos do PMN, e do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB).
Por essa avaliação, o plano do governo seria inflar o PSD para fortalecer a nova legenda e, com isso, balançar a resistência dos integrantes do DEM que hesitaram em migrar para o futuro partido de Kassab.
Regionais. Outro fator que tem provocado a segunda onda são as insatisfações regionais. Em vários Estados, políticos têm aproveitado para reivindicar espaço nos diretórios locais. Foi o caso do ex-deputado Indio da Costa (RJ), candidato a vice-presidente na chapa do tucano José Serra.
Reivindicando a candidatura à Prefeitura do Rio em 2012, Indio teve a pretensão negada pelo ex-prefeito Cesar Maia e pelo deputado Rodrigo Maia, que controlam o partido no Estado. Sem espaço, Indio preferiu se desfiliar e, embora diga não ter pressa para definir sua futura sigla, deve acompanhar Kassab no PSD.
A ex-deputada Solange Amaral também deixou o DEM, após mais de 10 anos de aliança com Cesar Maia, assim como o ex-presidente do diretório municipal, Paulo Cerri, que anunciou ontem sua saída. Eles também criticam os Maias. "Meu sentimento é que ele (Cesar) não lidera mais, está impondo", disse Solange. O ex-prefeito nega qualquer intervenção no diretório do Rio e minimiza a debandada. "Sempre é bom ocorrer ajustes após eleições", afirmou, por e-mail.
Situação parecida ocorre em Goiás. O deputado Vilmar Rocha cobra mais espaço no diretório local, controlado pelo deputado Ronaldo Caiado. Vilmar também deve ir para o PSD.
Na Bahia, o aval do Planalto à criação do PSD foi mais visível. O governador Jaques Wagner (PT) foi ao lançamento do manifesto do novo partido e incentivou seu vice, Otto Alencar, a trocar o PP pelo PSD. Dois deputados do DEM - Paulo Magalhães e Fernando Torres - estão de malas prontas para a futura sigla.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário