Julia Duailibi e Marcelo de Moraes
Prestes a anunciar a criação de um novo partido, o prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), solicitou à Assembleia Legislativa de São Paulo o uso de um dos plenários da Casa para a realização de um ato político na segunda-feira. De acordo com aliados do prefeito, nesta data será feito o lançamento da nova legenda que Kassab criará.
O prefeito também resolveu mudar o nome do seu partido, que havia sido batizado provisoriamente de PDB (Partido da Democracia Brasileira). O nome ventilado ontem por aliados de Kassab era PSD. Embora parte do grupo defendesse o uso da expressão "socialista", numa tentativa de atrelar a legenda a uma atuação de esquerda, outra ala avaliava que a expressão poderia criar resistência de antigos colaboradores - e doadores.
A avaliação interna foi que o PDB já havia se desgastado, especialmente depois que o deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS) usou as iniciais da legenda para chamá-lo de "partido da boquinha", por conta da opção de se aproximar da base governista.
Nos últimos dias, Kassab traçou um contra-ataque para tentar angariar quadros para a nova legenda. Articulou para hoje um jantar com vereadores da base governista na casa do secretário de Relações Governamentais da Prefeitura, Antonio Carlos Rizeque Malufe. Dos oito vereadores do DEM, a tendência é que quatro sigam o prefeito.
No plano nacional, Kassab tem encontrado barreiras cada vez maiores para dar uma cara nacional a um partido que nasce com jeito regional, uma vez que a maioria de seus primeiros integrantes deverá ser de São Paulo. Aconselhado pelo líder político de seu grupo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), o governador do Amazonas, Omar Aziz, resolveu permanecer no PMN e cancelou o encontro que teria com o prefeito no fim de semana.
Kassab conseguiu apoio na Bahia, onde o vice-governador, Otto Alencar, deixará o PP para se filiar. Alencar se encontrará com Kassab no fim de semana. O vice tem o aval do governador Jaques Wagner (PT), que acredita que o movimento de Kassab poderá enfraquecer ainda mais o DEM, um de seus maiores opositores na Bahia.
Tentativa. A cúpula do DEM ainda tentou um derradeiro movimento para convencer Kassab a desistir do projeto de lançar uma legenda nova. O ex-senador Jorge Bornhausen (SC) acertou com o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), uma nova rodada de conversas. Bornhausen viajou ontem para São Paulo e se encontrou com o prefeito.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
Prestes a anunciar a criação de um novo partido, o prefeito paulistano, Gilberto Kassab (DEM), solicitou à Assembleia Legislativa de São Paulo o uso de um dos plenários da Casa para a realização de um ato político na segunda-feira. De acordo com aliados do prefeito, nesta data será feito o lançamento da nova legenda que Kassab criará.
O prefeito também resolveu mudar o nome do seu partido, que havia sido batizado provisoriamente de PDB (Partido da Democracia Brasileira). O nome ventilado ontem por aliados de Kassab era PSD. Embora parte do grupo defendesse o uso da expressão "socialista", numa tentativa de atrelar a legenda a uma atuação de esquerda, outra ala avaliava que a expressão poderia criar resistência de antigos colaboradores - e doadores.
A avaliação interna foi que o PDB já havia se desgastado, especialmente depois que o deputado Ônix Lorenzoni (DEM-RS) usou as iniciais da legenda para chamá-lo de "partido da boquinha", por conta da opção de se aproximar da base governista.
Nos últimos dias, Kassab traçou um contra-ataque para tentar angariar quadros para a nova legenda. Articulou para hoje um jantar com vereadores da base governista na casa do secretário de Relações Governamentais da Prefeitura, Antonio Carlos Rizeque Malufe. Dos oito vereadores do DEM, a tendência é que quatro sigam o prefeito.
No plano nacional, Kassab tem encontrado barreiras cada vez maiores para dar uma cara nacional a um partido que nasce com jeito regional, uma vez que a maioria de seus primeiros integrantes deverá ser de São Paulo. Aconselhado pelo líder político de seu grupo, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), o governador do Amazonas, Omar Aziz, resolveu permanecer no PMN e cancelou o encontro que teria com o prefeito no fim de semana.
Kassab conseguiu apoio na Bahia, onde o vice-governador, Otto Alencar, deixará o PP para se filiar. Alencar se encontrará com Kassab no fim de semana. O vice tem o aval do governador Jaques Wagner (PT), que acredita que o movimento de Kassab poderá enfraquecer ainda mais o DEM, um de seus maiores opositores na Bahia.
Tentativa. A cúpula do DEM ainda tentou um derradeiro movimento para convencer Kassab a desistir do projeto de lançar uma legenda nova. O ex-senador Jorge Bornhausen (SC) acertou com o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), uma nova rodada de conversas. Bornhausen viajou ontem para São Paulo e se encontrou com o prefeito.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário