A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, em meio à crise em torno do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que ela não vai ser "refém" de dificuldades. No lançamento do programa Brasil sem Miséria, que prevê R$ 20 bilhões anuais para beneficiar 16,2 milhões de pessoas até 2014, ela disse: "Os desafios não me imobilizam, os desafios não me tornam refém".
Presidente diz que não será "refém do medo"
OS NEGÓCIOS DO MINISTRO
Ao lado de Palocci, Dilma afirma que não se "imobilizará" por dificuldades
Para Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, crise que envolve chefe da Casa Civil não para governo
Ana Flor
BRASÍLIA - No momento em que o governo está imerso na crise envolvendo o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que "não será refém" ou se "imobilizará" por desafios e dificuldades.
A frase fez parte do discurso de lançamento do programa Brasil Sem Miséria, no Palácio do Planalto. Dilma evitou a imprensa no evento.
A poucos metros de Palocci, a presidente disse que ninguém "pode se dar ao luxo de ser refém do medo ou da timidez". "Os desafios não me imobilizam, os desafios não me tornam refém, ao contrário, sempre foram eles que me fizeram avançar na vida, sempre", afirmou ela.
O lançamento do programa, apesar de estar programado há mais de um mês, foi uma forma de mostrar que o governo não está paralisado com a crise no governo.
O evento ocorre na semana em que o governo marcou uma série de eventos na tentativa de transmitir uma "agenda positiva". Hoje Dilma inaugura uma plataforma de petróleo no Rio.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) também afirmou que a crise envolvendo Palocci não está paralisando o governo.
"A crise para nós tem um peso, uma importância, mas ela é muito relativa. A ordem da presidente é que a gente continue trabalhando."
Questionado se a situação de Palocci no governo é "delicada", Carvalho respondeu: "Mas continua firme".
Palocci ouviu de Dilma e do ex-presidente Lula que cabe a ele falar o mais rápido possível sobre seu aumento de patrimônio.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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