Deputado cita inúmeros casos de corrupção que atingem governo
Valéria de Oliveira
O país atravessa uma crise, que pode ser sentida na queda de três ministros por motivos de corrupção e mais três que estão na “corda bamba”, disse o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), em debate com o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), no programa “Brasil em Debate”, da TV Câmara. “Não chegamos a uma crise de impasse institucional, mas é evidente que vivemos uma crise”. O deputado da base governista negou esse quadro.
“Dia desses, aconteceu algo inaudito: a base de sustentação fez obstrução ao governo”, lembrou Roberto Freire, referindo-se ao episódio da paralisação dos trabalhos do plenário da Câmara em protesto contra o trabalho da Polícia Federal, que havia prendido 36 pessoas por envolvimento em desvio de recursos no Ministério do Turismo . “Foi uma chantagem ao governo; é claro que isso não é normalidade”.
Freire enumerou os ministros que já caíram – Antônio Palocci, Alfredo Nascimento e Wagner Rossi – e também os que são alvo de denúncias por parte da imprensa. “Tem o ministro das Cidades (Mário Negromonte) com denúncias graves de mensalão na pasta dele, tem o ministro das Comunicações (Paulo Bernardo - que teria usado, quando ocupava a pasta do Planejamento, jatinho da empreiteira responsável por uma obra do governo), cujas acusações rebatem na mulher (Gleisi Hoffmann), que é ministra da Casa Civil”. “Achar que não há crise é forçar a realidade”.
Economia
O parlamentar do PPS advertiu, também, para o “rebatimento” da crise internacional no Brasil. “E já está começando a acontecer”. Para Freire, embora a crise econômica não seja de responsabilidade da presidente Dilma Rousseff, ela tem muito a ver com o presidente Lula, “que não fez os ajustes da economia brasileira para um desenvolvimento maior do que o voo de galinha, com base no consumo, que terá um problema grave agora”. Mais uma vez, o presidente do PPS deixou claro que a oposição está aberta ao debate sobre como enfrentar essa crise.
Ao falar sobre a reforma política e o financiamento público de campanhas, Freire observou que o Poder Executivo prefere um Legislativo como está atualmente. “É melhor, para os governantes, ter essa geleia do que ter partidos mais sérios, com os quais lidem de forma republicana”. Ele é autor da primeira lei sobre financiamento público de campanha, de 1981. PT e PPS são favoráveis a esse modelo.
FONTE: PORTAL DO PPS
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